Valquir Aureliano

A chuva que desde ontem persiste em Curitiba a manter as ruas de Curitiba mais limpas, reduzindo drasticamente o mar de "santinhos" que costumam inundar as ruas da cidade, principalmente próximo aos locais de votação – que neste domingo (07 de outubro) ocorrerão até às 17 horas.

Um dos 217 profissionais destacados pela Prefeitura de Curitiba (entre líderes, varredores, coletores, motoristas, fiscais em escala de trabalho) para atuar na limpezada da cidade durante todo o dia, até que todos os resíduos gerados em vias públicas próximo aos locais de votação sejam recolhidos, o funcionário público Adevair Vicente de Souza comemorou o aguaceiro que caiu sobre a cidade.

Segundo ele, por conta das chuvas o trabalho durante o dia ficou facilitado. Enquanto em outros anos ele precisava encher várias vezes o carrinho, no pleito atual a situação está tranquila, com menos sujeira nas ruas curitibanas.

A situação, inclusive, já era até esperada, mesmo que não chovesse.  Isso porque, em 2015, a minirreforma eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional proibiu o uso em campanha de cavaletes, faixas, placas e bonecos. Ademais, o TSE vetou taxativamente o derrame de material de propaganda no local de votação para as eleições 2018, com os infratores sujeitos à multa de R$ 2 mil a R$ 8 mil por cada ato de propaganda.

Em eleições anteriores, toneladas de lixo eleitoral foram recolhidos. Em 2016, por exemplo, foram quatro toneladas. Em 2014, seis. E isso apenas na Capital (que gasta cerca de R$ 400 mil numa operação dessas). Se considerado todo o país, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o total de lixo eleitoral jogado nas vias públicas seria sufiente para produzir 40 milhões de livros escolares com 50 páginas. Se empilhada essa quantidade de papel, seria possível dar 143 votas ao redor da Terra (os dados são referentes ao ano de 2012).