BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Várias cidades do interior de Minas Gerais tiveram atos e manifestações contra os cortes do MEC (Ministério da Educação) na tarde desta quarta. O estado é o que mais concentra instituições federais de ensino superior em todo o país: são 11 universidades e um Cefet, além dos institutos.


Estudantes, professores e técnicos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) se manifestaram na cidade histórica por volta das 14h, e na vizinha, Mariana, às 15h. Em Ouro Preto, a caminhada passou pelo IFMG e terminou na praça Tiradentes, ponto tradicional da cidade, em frente ao Museu da Inconfidência.


Em Mariana, a comunidade da cidade também se juntou ao protesto, que terminou em frente ao terminal turístico. O foco foi o corte anunciado pelo ministério e a maneira como isso está sendo pensado.


Em Diamantina, o ato uniu categorias de três instituições: Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha, Universidade do Estado de Minas Gerais e do IF do Norte de Minas. “Fora Bolsonaro” foi um dos gritos entoados por manifestantes.


Em Juiz de Fora, segundo organizadores, o ato chegou a reunir 50 mil pessoas. A marcha saiu do parque Halfeld e seguiu até a praça da Estação. “Essa é a resposta da população à balbúrdia instalada em Brasília: lutando contra a destruição da previdência e pela educação pública”, diz o professor Augusto Santiago Cerqueira, diretor da Apes (Associação dos Professores do Ensino Superior).


No final de abril, quando anunciou redução de repasses para três universidades – UnB, UFF e UFBA – citando o termo “balbúrdia”, o ministro Abraham Weintraub chegou a dizer que a UFJF estaria sob avaliação. O corte acabou se estendendo a todas as instituições.