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`Roleta humana´, ´desafio da rasteira´,´roleta humana´. A nova `febre`, espalhada pelas redes sociais novamente, obrigou as autoridades de saúde e os colégios se manifestarem neste recomeço de aulas.  No fim do ano passado, uma brincadeira semelhante causou a morte de uma adolescente em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ela teve traumatismo craniano. A trollagem que consiste em derrubar uma pessoa com uma rasteira no momento em que ela salta 

Em Curitiba, o primeiro colégio a se manifestar foi o Positivo, que emitiu uma nota, onde pede a ajuda dos pais : “Informamos que o Colégio Positivo condena essa e qualquer tipo de ação que pode causar lesões aos alunos e trabalha de forma a conscientizá-los. Recomendamos às famílias que supervisionem, constantemente, o smartphone de seu (sua) filho (a) e conversem a respeito dos conteúdos que acessam e mensagens que trocam. A parceria escola-família é essencial para garantir a segurança, o bem-estar e o desenvolvimento dos estudantes”. Alguns alunos e professores fizeram vídeos de esclarecimento. 

A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) emitiu um comunicado, nesta quarta (12), alertando pais e professores sobre o tal “desafio da rasteira” ou “desafio quebra-crânio”.  “Ele provoca uma queda brutal, onde um dos participantes bate a cabeça diretamente no chão, antes que possa estender os braços para se defender. Esta queda pode provocar lesões irreversíveis ao crânio e encéfalo (Traumatismo Cranioencefálico – TCE), além de danos à coluna vertebral. Como resultado, a vítima pode ter seu desempenho cognitivo afetado, fraturar diversas vértebras, ter prejuízo aos movimentos do corpo”, diz a nota. ” Deste modo, como sociedade, pais, filhos e amigos, devemos agir para interromper o movimento e prevenir a ocorrência de novas vítimas. Acompanhar e informar/educar sobre a gravidade dos fatos, pode ser a primeira linha de ação”, concluiu a nota.

Ortopedista especialista em cirurgia da coluna e coordenador da pós-graduação em cirurgia endoscópica de coluna na Universidade de São Paulo (USP), João Paulo Bergamaschi diz que os jovens não têm noção do risco de sofrer traumas graves e até morrer. “As pessoas que idealizaram não se atentaram à gravidade. É uma brincadeira que pode levar à morte, tanto que vitimou a adolescente no Rio Grande do Norte. O risco principal é para a cabeça. Quando se cai de costas, a cabeça fica muito exposta a ter um trauma direto, no crânio, ou uma lesão interna.

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