A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga suspeitas de irregularidades no contrato do governo com a JMK para a manutenção da frota de veículos oficiais do Estado houve hoje o ex-secretário da Fazenda do governo Cida Borghetti, José Luiz Bovo, e a ex-diretora-geral da Secretaria de Administração e Previdência, Samira Tomita. De acordo com o presidente da CPI, deputado Soldado Fruet (PROS), os trabalhos da comissão estão na reta final e o objetivo dos depoimentos é sanar algumas dúvidas e divergências que surgiram em depoimentos anteriores.
Bovo foi convocado para prestar esclarecimentos quanto às datas e ao processo de solicitação da dotação orçamentária para o reajuste financeiro de R$ 18 milhões, concedido à JMK no final de dezembro de 2018. Por sua vez, Samira Tomita foi diretora-geral da SEAP, em novembro de 2014, e como secretária em exercício, solicitou ao, então, governador Beto Richa (PSDB) a autorização do procedimento licitatório para contratar a empresa gerenciadora da frota oficial.
Após o despacho favorável, ela assinou a autorização para o pregão presencial. A CPI chamou a ex-diretora para depor porque ela teve o nome incluído no rol de administradores com contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em relação ao pregão presencial 44/2014 e à execução do contrato 256/2015.
As irregularidades na licitação e no contrato com a JMK, que vigorou de janeiro de 2015 a maio de 2019, são o foco das investigações da CPI. “Já está muito claro que o Estado foi omisso na gestão deste contrato e falhou muito na fiscalização, o que contribuiu para que o povo paranaense fosse prejudicado com a falta de manutenção de viaturas policiais, ambulâncias e ônibus escolares”, aponta Fruet.