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Curitiba perdeu no último sábado, 11 de julho, duas profissionais da área de Saúde para a Covid-19. Ao todo, Curitiba e Região Metropolitana já perdeu oito profissionais da área da Saúde para a doença. A técnica de enfermagem, Cátia de Melo, de 41 anos, atuava no Hospital das Nações e morreu por complicações da doença. Cátia deixa marido e um filho pequeno. Por meio de nota, o Hospital das Nações lamentou a morte dizendo que “perdemos uma vida, que sempre lutou por outras”. 

Também no sábado, a funcionária do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Angela Gonçalves, de 46 anos, morreu vítima da Covid-19.Ela não atuava na linha de frente, mas trabalhava na hotelaria da instituição, lidando com roupas de cama, uniformes, aventais, entre outros acessórios dos pacientes. Segundo a nota de falecimento, Angela lutava há dias contra a doença. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Evangélico Mackenzie. Angela trabalhava na hotelaria da instituição, lidando com roupas de cama, uniformes, aventais, entre outros acessórios dos pacientes. Ela era diabética, hipertensa e asmática.

Na sexta-feira, 10 de julho, Mônica de Alencar Lunardon, de apenas 35 anos, morreu por Covid-19. Ela estava internada no Hospital Vita Batel. A morte da enfermeira gerou grande comoção nas redes sociais. Ela deixa duas filhas pequenas. 

Amigos e familiares lamentaram a morte da profissional e enalteceram a dedicação dela na luta na pandemia do novo coronavírus e à enfermagem.  “Enquanto você estiver por aí, levando essa doença na brincadeira, alguém vai deixar uma família para salvar a sua! Que Deus conforte e aqueça o coração de toda sua família”, postou uma colega no Facebook. “Hoje estou muito triste, perdi uma amiga para essa praga do covid, que tem muitos que insistem em não acreditar. Enquanto muito brincam com isso, muitos profissionais da área da saúde como minha amiga pagam com a própria vida pela irresponsabilidade de outros”, lamentou outra amiga da enfermeira.  

A morte de Mônica foi a sexta entre os profissionais de saúde pelo novo coronavírus na Grande Curitiba. No último dia 6, o técnico de enfermagem Adelmo Azevedo da Cruz, de 52 anos, faleceu no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, onde estava internado desde 17 de junho.   Ele cursava a graduação de enfermagem e atuava como técnico no no mesmo hospital. A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Enfermagem de Curitiba (Sismec),  Raquel Padilha, lamentou a morte da profissional: “Isso não é uma fatalidade e sim uma falha na segurança dos profissionais”.

No dia 3 de julho, Jair Dionizio dos Santos, 52 anos, que era técnico de enfermagem no Hospital de Clinicas e no Hospital Vita Batel, morreu  após ficar internado por 15 dias após ter o resultado do exame positivo para o novo coronavírus. Ele também não tinha comorbidades. 

A primeira morte de uma profissional de saúde em decorrência do coronavírus aconteceu em 26 de abril.A técnica de enfermagem Valdirene Aparecida Ferreira dos Santos, de 39 anos, morreu depois de três semanas internada na UTI do Ônix. O  médico Caio Martins Guedes, de 33 anos, morreu por complicações causadas pelo Covid-19 em 22 de junho. Ele era residente do setor de ortopedia do Hospital Angelina Caron, na Região Metropolitana de Curitiba e trabalhava como plantonista em uma instituição em Bocaiúva do Sul. Ele ficou internado por 12 dias, mas não resistiu.

Em 3 de maio, o médico Milton Luiz Ciappina, de 72 anos, morreu em Curitiba, também em decorrência da Covid-19. Ele ficou uma semana internado no Hospital Sugisawa, na capital paranaense. Ele era médico concursado do município de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. Ele tinha comorbidades.

Ao completar 120 dias do primeiro caso de Covid-19, Curitiba registrou mais sete mortes e 454 novos casos, segundo boletim divulgado pela secretaria municipal de Saúde nesta sexta (10). Agora, a capital paranaense soma 9.298 confirmados 233 obitos com uma taxa de letalidade 2,5, segundo boletim divulgado pela secretaria municipal de Saúde.