reprodução/You tube – Dallagnol: Dallagnol: “a imparcialidade da Lava Jato é confirmada por muitos fatos”

O coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal da operação Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol divulgou hoje vídeo em que se defende da suspeitas levantadas a partir da divulgação de conversas entre ele, outros procuradores e o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. Dallagnol alegou que é “muito natural” e “normal” que procuradores e advogados conversem com o juiz de uma causa e negou que tenha ouvido “conluio” entre integrantes da operação e Moro na condução do processo que resultou na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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“É muito natural, é normal que procuradores e advogados conversem com o juiz, mesmo sem a presença da outra parte. O que se deve verificar é se nessas conversas existiu conluio ou quebra da imparcialidade”, afirmou o procurador. “A imparcialidade da Lava Jato é confirmada por muitos fatos. Centenas de pedidos feitos pelo Ministério Público foram negados pela Justiça. 54 pessoas acusadas pelo Ministério Público foram absolvidas pelo juiz federal Sérgio Moro. Nós recorremos centenas de vezes contra decisões judiciais, o que mostra que não só o juiz não acolheu o que o Ministério Público queria, mas mostra que o Ministério Público não se submeteu ao entendimento da Justiça”, argumentou Dallagnol. “Todos os atos e decisões da Lava Jato são revisados por três instâncias do Judiciário, por vários julgadores”, insistiu o procurador.

Em relação ao processo contra Lula, Dallagnol nega que o MPF tivesse dúvidas sobre a veracidade das provas contra o ex-presidente no caso do tríplex, como indicam as conversas entre ele e Moro. “O Ministério Público só efetuou a acusação criminal quando as provas são robustas. Antes da acusação criminal, o Ministério Público revisa, submete a intensa crítica, analisa e reanalisa fatos e provas para não oferecer uma acusação frágil, de modo injusto, contra o investigado”, garantiu Dallagnol. “As provas do caso tríplex embasaram a acusação porque eram robustas e tanto eram robustas que nove julgadores em três instâncias diferentes concordaram com a robustez das provas e condenaram o ex-presidente Lula”, disse o coordenador.

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