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Um grupo de empresários do setor de energia solar fez uma manifestação simbólica durante a Conferência Smart Energy CI &Expo, que termina nesta quarta (20), no Centro de Eventos da Fiep, em Curitiba. Trajados com camisetas amarelas com detalhes em verde e azul, escrito “Brasil, deixe a energia solar crescer. Taxar o sol, não!”, o grupo assistiu a palestra de abertura do diretor da Aneel, Sandoval Feitosa Neto, que abordou “O papel das energias renováveis e transição energética nas cidades e na melhoria da qualidade de vida das pessoas”, e questionou a medida 482, que taxa a micro e minigeração distribuída de energia.

Assim que terminou a palestra, a empresária do setor, Liciany Ribeiro, questionou a publicação da Resolução Normativa 482, medida baixada no mês de outubro, que abrange as regras para micro e minigeração distribuída de energia elétrica. Ela garante que as novas regras inviabilizam o setor. “A mudança de discurso nos pegou de surpresa. O investidor que estava querendo entrar no mercado, agora ficará preocupado, pois as regras mudaram no meio do caminho e numa escala muito grande, acima de 60%”, diz. “Se nós tivéssemos chegado a um crescimento de, ao menos, 5%, até poderia se pensar a respeito, mas não chegamos a 1%.(…). A apresentação dele foi muito estética, voltada para o incentivo. Mas, o que esta medida propõe é exatamente o contrário, é taxar quem agora está começando a gerar emprego para o setor e o país precisa crescer”, afirma.

Em resposta à empresária, o diretor da Aneel comentou que o órgão está aberto para conversar com a sociedade organizada. “Queremos ouvir o que o setor tem a dizer”, comentou Feitosa. A resposta não foi bem aceita. “Não adianta dizer aqui que estão abertos para negociação, não vemos nenhum recuo. O tempo de debate deveria ser amplo, passar seis meses discutindo, mas, não, em 1º de janeiro de 2020 muda tudo”, diz a empresária. A movimento #taxarosol,não!, faz parte de uma campanha encabeçada pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovolcaica.