SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A corajosa e determinada labradora Frida ficou mundialmente conhecida em 2017, quando auxiliou nas buscas por vítimas de terremotos no México. Antes, já havia atuado após desastres no Haiti, em 2010, e no Equador, em 2016. Agora, aos dez anos, chegou a hora de descansar.

Em uma cerimônia realizada nesta segunda (24), foi anunciada a aposentadoria da cadela, integrante da Marinha mexicana.

As imagens da incansável Frida farejando sobre montes de escombros rodaram o mundo. Para que não se machucasse no entulho, a labradora recebia óculos de proteção e botinhas.

Seu trabalho em meio à tragédia no México foi reconhecido por colegas militares e pela população, que pedia para tirar fotos com ela. Considerada uma heroína, a cadela foi homenageada em 2018 com uma estátua, no estado de Puebla.

No evento para marcar a aposentadoria, realizado no Dia do Socorrista, o subsecretário de Marinha, almirante Eduardo Redondo Arámburo, exaltou a participação de uma integrante “muito especial” da corporação e afirmou que Frida roubou o coração dos mexicanos e de pessoas além das fronteiras.

Durante a cerimônia, o colete de serviço da labradora foi retirado, e ela ganhou um brinquedo.

O almirante lembrou que, em sua jornada, Frida localizou 12 pessoas com vida sob os escombros e deu alívio a outras 43 famílias, que receberam os restos mortais de seus entes queridos.