Agência Brasil

MÔNICA BERGAMO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – De Portugal, o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), fez duras críticas, nesta sexta-feira (6), à ordem de prisão determinada pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também ao PT, que, segundo ele, estaria "sendo vítima de sua própria obra".

"A prisão de Lula é absurda, fruto do autoritarismo desse punitivismo processual hoje em voga no país. Os recursos [que Lula pode apresentar à Justiça] ainda não se esgotaram e já se precipita a prisão", afirma.

"A única coisa que me consola é que esse estado de coisas excepcional é fruto do processo de desinstitucionalização que o PT promoveu no Brasil, do conluio que existia entre o partido e procuradores, das más escolhas [de magistrados] para o Supremo [Tribunal Federal]."

Segundo ele, "em vez de pensar em uma composição da corte [o STF] dentro dos padrões técnicos e jurídicos, privilegiou-se a escolha de pessoas ligadas aos movimentos LGBT, ao MST, basistas e coisas desse tipo. O resultado está aí, é esse direito penal totalitário".