Arquivo Bem Paraná

O juiz Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, aceitou na noite desta quarta-feira (13) a denúncia contra o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), a ex-primeira-dama e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, o filho do casal, André Richa, e o contador da família, Dirceu Puppo Ferreira. Com isso, os quatro se tornaram réus por lavagem de dinheiro em um processo que investiga um esquema de propina em contratos de pedágio no âmbito da Operação Lava Jato.

Conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a família de Richa teria promovido a lavagem de dinheiro na compra de um terreno localizado dentro de um condomínio em Curitiba. A negociação do imóvel ocorreu no ano de 2012 e o MPF afirma que o valor total da compra foi de R$ 1,950 milhão, mas que na escritura aparece o valor de R$ 505 mil.

Segundo a denúncia, neste caso a compra de imóveis nada mais é do que uma forma dissimulada de incorporação do dinheiro da propina, paga por concessionárias de pedágio, ao patrimônio de familiares de Richa. As transações ocorreram em nome da Ocaporã Administradora de Bens. A empresa pertence formalmente à ex-primeira-dama Fernanda Richa. Dirceu Pupo atuava como administrador.

Ainda no último dia 29 de janeiro, a defesa da ex-primeira dama protocolou uma “petição de esclarecimento” em que diz que todas as transações de vendas de imóveis foram regulares e que Beto Richa não detinha a “palavra final” nas aquisições imobiliárias da família, como aponta o MPF.

Beto Richa é réu em outros três processos.