Reprodução/Governo de SP – Quando começa a vacinação é a pergunta de todo o brasileiro

A vacinação contra a Covid-19 pode tomar um rumo diferente no Brasil em relação ao que é feito no resto do mundo. Ontem, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o programa de vacinação contra a Covid-19 a ser implementado pelo governo pode priorizar a aplicação da primeira dose no maior número possível de pessoas, antes que se inicie a aplicação de uma segunda dose. Com informações da Agência Brasil.

Segundo o ministro, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, cuja produção será feita pela Fiocruz no Brasil, possui eficácia de 71% com a aplicação da primeira dose. “Com duas doses você vai a 90%”, disse Pazuello.

“Talvez o foco seja não na imunidade completa, mas na redução da contaminação”, afirmou o ministro, explicando que com uma primeira dose a ideia é de que a pandemia vá “diminuir muito”. Após essa redução nas contaminações é que se começaria a aplicação de uma segunda dose.

O ministro não deu data específica, mas disse que os brasileiros estarão sendo vacinados “três a quatro dias” após a aprovação do uso emergencial de qualquer vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Uma data para o possível início da campanha de vacinação pode ser definida hoje,em um encontro do Ministério com os governadores.

O ministro aidna disse que o Ministério da Saúde possui contratada a compra de ao menos 350 milhões de doses de vacina até o fim do ano. “Contratado. Não é sinalizado, não é memorando de entendimento, é contratado. Empenho, liquidação e pagamento”, disse.

Nesse total, o ministério contabiliza cerca 210 milhões de doses da Astrazeneca/Oxford e 100 milhões de doses da CoronaVac, os dois imunizantes que devem ser produzidos no Brasil, pela Fiocruz e pelo Butantan, respectivamente.

O ministério também negocia a compra de diversas outras vacinas – como a Sputinik V, de origem russa, as vacinas norte-americanas da Pfizer e da Moderna, e a vacina Jansen, empresa do grupo Johnson & Johnson. No entanto, ele voltou a afirmar que as quantidades disponíveis para importação são “pífias” para as dimensões do Brasil e que o país precisa contar com a fabricação própria.

Paraná
Na semana passada o governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou que a vacinação no Paraná deve começar em janeiro em profissionais de saúde e comunidades indígenas isoladas. A campanha respeitará os critérios do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e as doses que ingressarem no Programa Nacional de Imunização (PNI).

“O Paraná está pronto. Temos agulhas, seringas, praticamente dois mil pontos de vacinação e uma logística pronta para os imunizantes chegar nos municípios”, disse Ratinho Junior.

Posição

São Paulo diz que inicia vacinação no dia 25

Alheio ao cronogrma do Ministério da Saúde que pretende realizar a vacinação contra a Covid-19 de maneira simultânea em todos os Estados, o governo de São Paulo apresentou ontem o maior plano de logística de vacinação do SUS para a campanha estadual contra a Covid-19, que deve começar no próximo dia 25. No total, serão mobilizados 77 mil profissionais, sendo 52 mil da Saúde e 25 mil policiais que atuarão desde as etapas de armazenamento, envio de doses e insumos às regiões e municípios, até a aplicação das vacinas nos postos.

“Em São Paulo, começaremos a vacinar no dia 25 de janeiro e, se for possível e tivermos o respaldo necessário, iniciaremos antes. E tomara que o Brasil também comece antes. Aqui, temos planejamento, estrutura, condições, recursos, matéria-prima e vacinas para iniciar o programa de imunização dos brasileiros de São Paulo”, disseo governador João Doria.

Veja os boletins de Curitiba, do Paraná e do Brasil da segunda-feira

Curitiba registrou, no domingo ontem, 1.111 novos casos de Covid-19 e 21 óbitos de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus, conforme boletim da Secretaria Municipal da Saúde. Até agora são 2.377 mortes na cidade provocadas pela doença neste período de pandemia e 117.301 moradores de Curitiba testaram positivo para a doença. S ão 7.605 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.

Ontem, a taxa de ocupação dos 374 leitos de UTI SUS exclusivos para covid-19 está em 81%. No momento restam 72 leitos livres.

Paraná — A Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem 1.663 novos casos confirmados e 19 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus.

Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 471.201 casos confirmados e 8.695 mortos em decorrência da doença.

Brasil — O Brasil registrou 480 mortes entre o do,ingo e ontem em decorrência da Covid-19, de acordo com dados atualizados pelo Ministério da Saúde. Com isso, chega a 203.580 o número total de óbitos pela doença no País. No mesmo intervalo, foram notificados 25.822 novos casos da Covid-19, elevando o total de infectados no País para 8.131.612 desde o início da pandemia.