O Museu Alfredo Andersen está sendo todo repaginado para sua reabertura no dia 7 de dezembro. O projeto é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, com recursos de R$ 700 mil destinados pela Renault do Brasil por meio do programa Paraná Competitivo.

O prédio do museu foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1971, tornando-se uma instituição administrada pelo poder público estadual, vinculada à Coordenação do Sistema Estadual de Museus.

Para o secretário estadual da Cultura, João Luiz Fiani, a figura de Alfredo Andersen e o significado dele para a cultura é fundamental para a história do Paraná. “Ele deixou um legado gigantesco. Grandes artistas foram formados dentro de sua escola, a qual desenvolveu há mais de 100 anos. Esse espaço é uma referência para as artes brasileiras”, disse.

A revitalização também contou com recursos adicionais de R$ 25 mil doados pela Sociedade Amigos de Alfredo Andersen. Há 26 anos, a Sociedade é presidida pelo bisneto do pintor, Wilson José Andersen Ballão.

NOVO MUSEU

Essa não é a primeira parceria entre o Governo do Paraná e a Renault do Brasil. Nos últimos quatro anos a empresa já contribuiu com a modernização da Biblioteca Pública do Paraná e também com o Centro Cultural Teatro Guaíra, que passou por obras de restauro pela primeira vez em sua história.

Os recursos investidos no projeto de revitalização do museu de Andersen contempla uma nova expografia, identidade visual e proposta curatorial que culminam em um novo conceito, o de museu-casa. Assim, o novo Museu Casa Alfredo Andersen valoriza o fato de Alfredo Andersen ali ter morado, trabalhado e lecionado.

A nova arquitetura ao mesmo tempo que evidencia traços contemporâneos também preserva a memória da casa. O projeto é assinado pela equipe da Ato1Lab, com coordenação da arquiteta e cenógrafa Biba Bettega e do designer e cenógrafo Richard Romanini.

De acordo com os curadores convidados para o projeto, Adolfo Montejo Navas e Eliane Prolik, a remodelação expográfica e conceitual abriga uma atenção estética diferente, mais próxima de nosso tempo. “Aliás, o museu de Andersen não só se moderniza e se reestrutura, mas se metamorfoseia em várias direções, como também cria novos focos de interesse em sua apresentação geral, em sua visualidade, almejando estreitar a relação do público para com a obra de Andersen”, afirmam.