WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na manhã desta segunda-feira (18) com a diretora da CIA, Gina Haspel.


A nomeação de Haspel para o cargo pelo presidente Donald Trump causou protestos, porque ela era responsável por prisões secretas da agência onde os interrogadores usavam sistematicamente a tortura como forma de extrair confissões de acusados de terrorismo.


Os agentes da CIA usavam técnicas como simulação de afogamento, injeção retal, privação de sono e outros.


Em audiência no Congresso, ela se recusou a admitir que tais métodos configuravam tortura e afirmou que foram importantes para se reunir informações de membros da facção terrorista Al Qaeda.


Na ocasião, Trump defendeu a indicação, dizendo em rede social: “Minha indicada a diretora da CIA altamente respeitada, Gina Haspel, passou a ser atacada porque foi dura demais com terroristas… Vença, Gina!”.


De início, o encontro de Bolsonaro com Haspel a princípio foi mantido em segredo pelo Planalto e descrito apenas como “agenda privada”.


Depois, o Planalto o divulgou, mas omitiu o nome da pessoa que havia recepcionado o presidente e seu filho, Eduardo Bolsonaro, informando apenas que a reunião serviu para debater “questões de combate ao crime organizado e ao narcotráfico”.