Ao contrário do que muitos podem imaginar, apenas um em cada dez presos do Paraná tem direito ao auxílio-reclusão, um amparo social concedido aos dependentes do contribuinte previdenciário que está cumprindo pena de restrição de liberdade em regime fechado ou semiaberto. 
De acordo com os dados do Geopresídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a população carcerária do Paraná soma atualmente 31.589 pessoas. Já o número de famílias que recebem o benefício, segundo o Ministério da Previdência Social (responsável pelo INSS), foi de 3.007 em março deste ano, último mês em que foi divulgado o boletim estatístico da Previdência Social. 
Isso significa que apenas 9,52% das famílias de presos têm direito ao auxílio atualmente. Ao todo, o valor dos benefícios pagos aos dependentes dos contribuintes somou R$ 3,03 milhões no mês de referência, com o valor médio de R$ 1.007,20 por beneficiário. 
Criado há mais de meio século, o auxílio-reclusão está previsto no artigo 201 da Constituição Federal e tem o objetivo de  assegurar a manutenção e sobrevivência da família do segurado de baixa renda que contribuiu para o INSS durante sua vida laboral. Para a análise do direito ao benefício, é verificado o último salário recebido pelo segurado recluso e a família só vai receber o benefício se o valor da remuneração for igual ou inferior a R$ 1.319,18.

70% das agentes penitenciárias do Paraná  estão insatisfeiras
Um pesquisa feita pelo Sindicato dos Agêntes Penitenciários (Sindarspen) revelou que quase 70% das 365 agentes penitenciárias que atuam nas 33 unidades penais do estado se consideram insatisfeitas com suas condições de trabalho. O estudo, que será divulgado na íntegra hoje, durante o 1º Encontro Estadual das Agentes Penitenciárias do Paraná, aponta como principais motivos de insatisfação a falta de autonomia na tomada de decisões; a baixa quantidade de mulheres em postos de comando no sistema penitenciário e a falta de oferta de capacitação por parte do Estado para execução das funções. 
Os dados do estudo revelam ainda que 87% das agentes consideram que sua saúde é afetada pelo ambiente de trabalho. Os problemas mais citados por elas são transtornos mentais e de comportamento, doenças no aparelho digestivo, doenças no aparelho respiratório, doenças no sistema nervoso, doenças no sistema osteomuscular e doenças de pele (16%). Quase metade já precisou se afastar do trabalho por problemas de saúde.