Pablo de Haro no Pexels – O isolamento nos fez ver a vida de dentro para fora

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O lockdown que nos submetemos em 2020, um ano de milhões de conceitos, opiniões, dúvidas e vulnerabilidade. Esse tal de “loquidaun”, ou seja, o confinamento para proteção de um vírus, da sua potência de contágio e ações cada vez mais misteriosas e devastadoras. Repito, nossa vulnerabilidade está em cheque.

Cada qual teve uma experiência particular e coletiva, o que sempre foi a vida. Talvez a lente de aumento para o viver tenha sido ativada nesse lockdown íntimo. Não deu para ficar anestesiado, fez POW! CRASH! BOOM! como as onomatopeias do seriado Batman da década de 60.

A sujeira emocional debaixo do tapete ficou visível, porque seu isolamento fez muita gente encarar a faxina interna, postergada ou maquiada há tempos.

No paradoxo atitude solo interfere no coletivo, quando falamos em contágio, atingiu muito mais do que padrões de comportamento social, mas ficou visível que a desumanização é uma doença universal. De repente, todo mundo virou bonzinho, defensor do Meio Ambiente, das pautas de proteção animal e dos pobres, da comida caseira, da atividade doméstica, de saber o nome do vizinho!!! Puxa, como somos bons!

Um lado fiscalizava, outro agia na surdina para ficar longe da multa moral e teve até quem achava e acha que tudo isso é conto da caroChina!

Rebelião no lockdown mental – Diante de um ano vivido mais de forma remota do que presencial, eis que emoções e mente se chocam nessa realidade. É muito “eu” para pouco quem? Nunca se falou tanto em autoconhecimento, essa faca de dois gumes da nossa existência. Porque o confronto com quem somos é bem diferente com quem achamos que somos.

Na pesquisa com seguidores do Instagram sobre o tema, observem as definições sobre esse momento: “descobri a ira que vive dentro de mim”; “tô loka e down, mas mantenho o lockdown por amor e respeito”; “dúvida se só o isolamento resolve, muito tempo longe de todos”; “período de simplificar a vida, podemos ser felizes com muito menos do que imaginamos”.

Ou seja, enfrentamos deuses e demônios como a natureza humana sempre nos colocou, independente de pandemia. Vida, morte, doença, saúde e nossa postura diante do caos, oscila entre certo e errado, bem e mal, seguindo conceitos, crenças e pontos de vista de acordo com a régua que nos guia.

Podemos mudar, isso é uma dádiva.

Podemos nos transformar e isso é um milagre! 

Feliz e consciente 2021!

#lockdown #confinamento #isolamentosocial #pandemia #saudeemocional

*Ronise Vilela é criativa digital de Comunicação Afetiva e terapeuta.

Essa coluna tem o apoio da Consonare, maior plataforma de terapias integrativas da América Latina.

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