Divulgação – Jurassic Park foi a maior bilheteria de 1993

1993 foi um ano pródigo, em se tratando de cultura, no Brasil. Tudo começou com o festival Hollywood Rock, que trouxe nomes como Nirvana, Red Hot Chili Peppers e Alice In Chains pela primeira vez aos palcos brasileiros. No final desse mesmo ano, Michael Jackson e Madonna aportaram por aqui com suas milionárias turnês Dangerous World Tour e The Girlie Show World Tour.

Na televisão, os hits do ano eram as novelas Renascer e Mulheres de Areia, que renderam índices históricos de audiência para a Rede Globo. Enquanto isso, o cinema brasileiro estava em uma franca decadência, devido à extinção da Embrafilme pelo ex-presidente Fernando Collor. Logo, as telonas priorizavam o cinemão americano, e não faltaram bons filmes.

Então, fizemos uma pequena seleção das obras mais representativas daquele ano, para você procurar nos serviços de streaming, ou pela internet afora, e garantir uma boa sessão de cinema. Boa diversão!

Feitiço do Tempo (Groundhog Day. de Harold Ramis)

O que você faria se estivesse condenado a repetir um único dia de sua vida, indefinidamente? Essa era a proposta da comédia estrelada por Bill Murray e Andie MacDowell.

Um Dia de Fúria (Falling Down, de Joel Schumacher)

Filme que acabou ficando mais atual com o passar do tempo. William Foster (Michael Douglas), após perder o emprego e seu casamento, sofre um colapso mental e começa a reagir violentamente contra a sociedade que o cerca.

A Firma (The Firm, de Sydney Pollack)

Atualmente, existem vários atores que dominam o star system, mas nada comparado ao que ocorria nas décadas de 80 e 90. Tom Cruise era o principal nome masculino daquela época. Nesta adaptação de uma obra de John Grisham, ele vive o advogado recém-formado Mitch McDeere, envolvido em uma rede de corrupção e assassinatos dentro do escritório de advocacia que representa.

Filadélfia (Philadelphia, de Jonathan Demme)

Primeiro filme do diretor Jonathan Demme após o sucesso de O Silêncio dos Inocentes, trazia Tom Hanks como Andrew Beckett, um advogado que processava a firma na qual trabalhava. O motivo? Ele havia sido demitido por ser gay e portador do vírus HIV. Ao tomar consciência de todo o preconceito que envolvia a questão, Andrew contratava Joe Miller, advogado negro e homofóbico. O filme, apesar dos deslizes, foi um dos primeiros registros sérios de Hollywood na abordagem da homossexualidade e da AIDS.

Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador (What's Eating Gilbert Grape?, de Lasse Halstrom)

Houve uma época em que Johnny Depp não incorporava os maneirismos de determinados personagens e sabia atuar com intensidade. É o caso deste filme, um dos mais emocionantes da década de 90. Johnny vive Gilbert, rapaz responsável pelo sustento da família, que inclui a mãe, que sofre de obesidade mórbida, e o irmão, um deficiente mental vivido brilhantemente por Leonardo DiCaprio. Tudo muda quando ele conhece Becky (Juliette Lewis), que representa para Gilbert a possibilidade de um novo mundo. DiCaprio recebeu sua primeira indicação ao Oscar pelo seu desempenho.

Proposta Indecente (Indecent Proposal, de Adrian Lyne)

Considerado por muitos como uma das bombas de 1993, é inegável a força do filme em sua época. Colocou Demi Moore como a principal atriz, e a mais bem paga de Hollywood naquele período, além de causar polêmica por todos os cantos devido à sua trama. Um casal (Demi e Woody Harrelson), sofrendo graves problemas financeiros, recebe uma proposta de um milionário (Robert Redford): uma noite de amor com a bela mulher, em troca de U$$ 1 milhão.

A Família Addams 2 (Addams Family Values, de Barry Sonnenfeld)

Um dos raros casos de sequência tão boa quanto o filme original. A chegada de um novo bebê de Gomez (Raul Julia) e Morticia (Anjelica Huston), além do casamento do tio Fester (Christopher Lloyd) com a babá da criança, coloca a rotina da família de pernas para o ar. 

Jurassic Park – Parque dos Dinossauros (Jurassic Park, de Steven Spielberg)

Esqueça as continuações. O primeiro Jurassic Park é primoroso, e mostra toda a genialidade de Steven Spielberg em monopolizar o grande público. Até Titanic estrear em 1997, era o detentor da maior bilheteria da história do cinema.

O Estranho Mundo de Jack (The Nightmares Before Christmas, de Henry Selick)

Apesar de ser dirigido por Henry, a obra carrega em cada canto a personalidade de seu produtor Tim Burton. Pioneiro na utilização da técnica de stop motion, se tornou, ao lado de Edward Mãos de Tesoura, o filme mais cultuado de Burton.

Uma Babá Quase Perfeita (Mrs. Doubtfire, de Chris Columbus)

Após se separar de sua mulher, um homem se traveste de babá para ficar perto dos filhos. A história se resume a apenas uma linha, mas as gags e a interpretação inspirada de Robin Williams ficaram eternizadas no imaginário coletivo. Uma das melhores comédias da década de 90.

A Época da Inocência (The Age Of Innocence, de Martin Scorsese)

Michelle Pfeiffer, Daniel Day-Lewis e Winona Ryder encabeçam o elenco da obra mais romântica da trajetória de Martin Scorsese. E o resultado? Um dos melhores filmes do diretor.

 

O Dossiê Pelicano (The Pelican Brief, de Alan J. Pakula)

Outro filme inspirado nas obras de John Grisham. Julia Roberts retornava às telonas, após um hiato de dois anos, como a estudante de Direito Darby Shaw, que descobre o envolvimento de figuras do alto escalão nos assassinatos de dois minstros da Suprema Corte dos Estados Unidos. Ela só pode contar com a ajuda do jornalista Gray Grantham (Denzel Washington) para conseguir tornar público o dossiê que montou, e manter a sua vida a salvo. 

A Lista de Schindler (Schindler's List, de Steven Spielberg)

Steven Spielberg sempre foi um dos maiores diretores do cinema, mas em 93 só dava ele. A Lista de Schindler, que retratava a trajetória de Oskar Schindler (Liam Neeson), empresário alemão que arriscou a própria pele para salvar a vida de milhares de judeus, durante o horror da Segunda Guerra Mundial. Rendeu sete Oscars, incluindo o de melhor diretor para Spielberg.