MARCELO TOLEDO

RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito interino de Bariri (a 322 km de São Paulo), Paulo Henrique Barros de Araújo (PSDB), 34, foi preso no sábado (21) sob a suspeita de ter estuprado uma menina de oito anos em Bauru, a 61 quilômetros de distância.

Neste domingo (22), em audiência de custódia, Araújo negou as acusações.

Segundo a polícia, a menina tinha saído de casa para comprar pão no bairro José Regino quando foi levada pelo político até a região do Vale do Igapó, onde houve o abuso.

A versão apresentada pela menina foi a de que Araújo se apresentou como policial, dizendo que era perigoso ela ficar sozinha no local e a fez entrar no carro.

Já no Vale do Igapó, a criança teria sido abusada e conseguiu fugir depois que o carro do prefeito ficou preso numa vala. Ela foi encontrada por um casal, que a levou para a casa.

A família acionou a polícia e o prefeito foi encontrado caminhando pela região. Ele foi levado para o plantão policial e, à noite, encaminhado à cadeia de Barra Bonita.

O depoimento da criança foi acompanhado pelos pais e o Conselho Tutelar da cidade.

O prefeito teve a prisão preventiva decretada e foi levado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Bauru. A polícia decretou sigilo do processo.

Uma perícia foi feita para verificar se houve relação sexual, cujo laudo deve ficar pronto em até um mês.

Araújo está interinamente no cargo desde o começo do ano passado. Vereador presidente da Câmara, ele assumiu o cargo depois que o prefeito e vice mais votados na eleição de 2016, Francisco Leoni Neto e Benedito Mazotti, ambos do PSDB, tiveram os registros de suas candidaturas indeferidos.

A cidade deve ter novas eleições em 3 de junho. Vereadores devem se reunir nesta segunda (23) para discutir a situação de Araújo.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa do prefeito interino. Aos policiais civis que participaram de sua prisão ele afirmou que falaria apenas em juízo.