Dálie Felberg/Alep

Pré-candidato a prefeito de Curitiba, o deputado Fernando Francischini (PSL) publicou vídeo no Facebook denunciando o fechamento da unidade de saúde União das Vilas, no bairro do São Braz. No vídeo, ele mostra que a unidade está fechada com cadeado. “Pessoal, aí no seu bairro a unidade de saúde também esta fechada? Alguém consegue explicar por que a Prefeitura de Curitiba fechou a unidade de saúde no bairro São Brás?”, escreveu ele. “Hoje eu fui lá e vi com meus próprios olhos. A unidade de saúde União das Vilas está fechada. Com cadeado. Os moradores do São Braz que precisarem de qualquer atendimento médico estão tendo que ir para as UPA’s e lá se deparam com dezenas de pessoas, muitas com sintomas da Covid-19”, criticou o parlamentar.

Reorganização
Procurada, a prefeitura informou, através de sua assessoria, que a unidade foi fechada em março, dentro do processo de reorganização do sistema de saúde da Capital, para focar esforços no combate ao novo coronavírus. Atualmente, de acordo com a administração municipal, Curitiba tem 78 unidades de saúde abertas, 10 abertas exclusivamente para vacina contra gripe e 23 fechadas. O modelo prevê fluxo separado para os dois tipos de atendimentos, para evitar contaminações.

Eleição interna
A Assembleia Legislativa faz na segunda-feira a eleição da Mesa Executiva da Casa. Como em eleições anteriores, não haverá disputa. A única chapa registrada é a do atual presidente, deputado Ademar Traiano (PSDB), candidato à reeleição. Ele deve garantir o quarto mandato consecutivo para o cargo, que ocupa desde 2015.

Bloqueio
O Ministério Público do Paraná obteve liminares na Justiça que para bloquear os bens da prefeita de Cruzmaltina, Luciana Lopes de Camargo (PSDB) e de outras seis pessoas – incluindo aí o marido da gestora (e ex-prefeito), o irmão dela e sua cunhada (ele secretário municipal). Também foram bloqueados os bens de uma empresa. As decisões atendem ações civis públicas por ato de improbidade administrativa, ajuizadas pelo MP.

Fraude
No primeiro caso, a promotoria acusa a prefeita, outros sete réus e duas empresas de participarem de esquema ilegal que culminou em fraude a certames licitatórios e consequente enriquecimento ilícito de agentes públicos e prejuízo aos cofres municipais. Nesta ação, o MP relata que o irmão da prefeita, então secretário de Administração, e a mulher dele, servidora da prefeitura, seriam os verdadeiros proprietários de empresa contratada pelo município para o fornecimento de alimentos em duas licitações, promovidas em 2017 e 2018. Uma “laranja”, responsável pelo estabelecimento (e irmã da cunhada da prefeita), também é denunciada no processo, bem como um pregoeiro do município e outro servidor que colaboraram com as irregularidades, além de uma empresa que aceitou participar da licitação para simular legalidade à concorrência e sua responsável.

Dia das Mães
A segunda ação tem como denunciados a prefeita e o marido, ex-secretário municipal de Finanças (janeiro de 2017 a julho de 2018) e ex-prefeito (2015-2018). O MP relata no processo que os dois utilizaram recursos públicos de forma indevida para a promoção de eventos alusivos ao Dia das Mães, com a compra de produtos sem licitação (potes plásticos, jogos de sobremesa e outros itens) que eram distribuídos como brindes. As comemorações foram realizadas em 2017, 2018 e 2019 e tiveram como único resultado prático a promoção pessoal dos acusados, diz o MP.