RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O vazamento de uma substância química tóxica obrigou a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) a suspender as aulas que aconteceriam no CCS (Centro de Ciência e Saúde) nesta segunda (5).
O bromo, que vira gás em temperatura ambiente, provoca danos graves à saúde quando é inalado ou entra em contato com a pele, mesmo que em pequenas quantidades. Pode causar mutações genéticas, inclusive câncer.
O vazamento foi constatado no fim da tarde da última quinta (1º) num laboratório do subsolo do bloco B do CCS, no campus cidade universitária, na Ilha do Fundão, zona norte do Rio.
Três pesquisadores encontraram uma ampola de 10 ml que continha o bromo quebrada dentro da geladeira. Ao menos 3 ml vazaram.
Segundo a decana do CCS, Maria Fernanda Nunes, os pesquisadores isolaram a ampola numa urna e lacraram a geladeira.
Na sexta-feira (2), os bombeiros foram chamados e o subsolo do bloco B, isolado. Entretanto, as aulas, que acontecem em outros andares, não foram canceladas. De acordo com Nunes, não havia risco de contaminação pois as providências de segurança já haviam sido tomadas.
Nesta segunda-feira uma empresa realizou a descontaminação do laboratório e a ampola foi retirada do prédio, o que justificou o cancelamento das aulas, segundo Nunes.
As aulas serão retomadas apenas na quarta-feira (7), após limpeza do prédio.
De acordo com a decana, os pesquisadores não foram afetados pelo vazamento. Em nota, a reitoria da UFRJ afirmou que o vazamento foi controlado.
“A reitoria da UFRJ reforça que não há motivos para o alarde que se propaga pelas redes sociais e promove pânico entre estudantes, professores e funcionários de forma geral. Consciente de que o produto é tóxico se inalado ou se houver contato com a pele, mesmo em pequenas quantidades, podendo trazer danos à saúde, a UFRJ garante que todas as medidas estão sendo adotadas conforme protocolos internacionais.”