Divulgação/Athletico.com.br/José Tramontin

O Athletico conseguiu. Numa partida de muita tensão e tendo de lidar com uma verdadeira retranca do Cuiabá, o Furacão conseguiu cumprir o seu papel e venceu por 1 a 0 a partida disputada na noite desta sexta-feira (3 de dezembro) na Arena da Baixadas. Nas palavras do técnico Alberto Valentim, uma vitória “imprescindível” para a equipe, que agora respira na luta pela permanência na elite do futebol brasileiro.

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“A gente precisava muito vencer esse jogo e abrir uma margem maior para os times de baixo. Matematicamente ainda precisamos fazer alguns pontos, então estamos felizes, vai dar mais tranquilidade aos torcedores, principalmente, para a próxima partida, mas precisamos esperar definir a rodada para saber se vamos precisar empatar, no mínimo, no próximo jogo”, destacou o comandante athleticano.

Questionado ainda sobre a torcida do Furacão, que marcou presença em bom número na Arena da Baixada, empurrando o time a todo instante, Valentim foi enfático.

“O Athletico é muito mais forte… A Arena vira um caldeirão, é o estádio que mais vira um caldeirão no Brasil. Estava na expectativa de ver essa Arena mais cheia, mais lotada, e pros jogadores isso é muito importante, a torcida joga junto e nós nos sentimos ainda mais fortes com a presença do torcedor.”

Jogar com três ou dois zagueiros, eis a questão

O Furacão começou a partida no seu já tradicional 3-4-3. No segundo tempo, porém, mudou para um 4-2-3-1, e Valentim foi questionado na entrevista coletiva sobre o motivo de já não ter começado o jogo com uma linha de quatro defensiva.

“Era uma dúvida que nós tínhamos [jogar com dois ou três zagueiros]. Tinha pensado em fazer uma saída de bola diferente, mas o Nicolas não estava se sentindo muito bem e, com a ausência dele, preferi que nós não mudássemos, que continuássemos com essa linha de três [zagueiros]. Com aquilo que o Cuiabá tinha de proposta, com a linha muito baixa, ficamos com um zagueiro a mais no jogo. Não quis mudar no 1º tempo porque é um sistema que a gente já vem jogando há algum tempo, mas no segundo tempo tirei o Nico e coloquei o Bissoli para deixar o time mais ofensivo”, explicou.

‘Gostei da arbitragem’

No final da partida, confusão em campo, principalmente por parte do Cuiabá, que teve um jogador expulso (Clayson) já nos instantes finais do jogo e deixou o campo reclamando demais da arbitragem, acusando a não marcação de lances que seriam falta para a equipe visitante, segundo expressou o zagueiro Paulão na saída do gramado.

O técnico do Athletico, contudo, não compactuou com as críticas feitas ao trabalho do árbitro catarinense Braulio da Silva Machado. “Eu gostei da arbitragem dele, gostei da arbitragem dele. Eu sinceramente não vi ali sobre a expulsão do Clayson, mas gostei da atuação do árbitro, não teve nenhum lance polêmico, os cartões amarelos saíram quando tinha de sair. O vermelho, eu sinceramente não cheguei a ver o porque da expulsão.”

Qualidade individual e construção de jogadas

O comandante athleticano também foi questionado se a sua equipe jogaria de forma mais confortável sem a bola, quando consegue jogar em transição, no contra-ataque, um cenário diferente do que se desenrolou contra o Cuiabá, que marcou no próprio campo e deu a bola para o Athletico jogar. E Valentim tratou de destacar que o Furacão não é um time só reativo, mas também uma equipe que sabe construir jogadas.

“Contra o Ceará fizemos uma partida muito boa aqui, contra o Santos também, só para ficar em dois jogos que não conseguimos vencer. Nosso time não é só reativo, é um time que cria jogadas. O gol que fizemos na final [da Copa Sul-Americana], contra o Bragantino, foi uma jogada trabalhada, que começa com o Santos e termina com seis jogadores na área do Bragantino. Temos uma fase defensiva forte, um time que faz transição rápida, mas é um time que sabe também construir as jogadas. Hoje pegamos um time que focou na fase defensiva e tivemos de estar muito atentos para essa transição ofensiva deles”, destacou o técnico do Athletico.

Incitado a comentar as exibições de Pedro Rocha, que se tornou uma espécie de 12º jogador do elenco, já que nem sempre é titular, mas com frequência entra bem durante os jogos ou mesmo quando tem a oportunidade de os começar, Valentim exaltou a qualidade do atleta e explicou ainda sobre as instruções que passou aos jogadores de ataque antes do jogo.

“Pedro é um jogador de muita qualidade técnica e que é também muito obediente taticamente. Hoje pedimos muito pros nossos jogadores lá da frente colocarem essa qualidade individual deles também. E antes de entrarmos pedi a Nikão, Terans, Pedro, que eles colocassem a qualidade individual deles no último terço, na última bola. E o Pedro, com sua qualidade individual, fez com que nós fizéssemos o gol ali.”