Carlos Costa/CMC – Votação sobre o banco de dados ficou empatada pela segunda vez na Comissão de Constituição e Justiça. Matéria será analisada pelo plenário

O plenário da Câmara Municipal de Curitiba vai avaliar o projeto de lei que autoriza a prefeitura de Curitiba a criar um banco de dados com informações sobre pedófilos. Na terça-feira (14), a votação do projeto Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública ficou empatada pela segunda vez. A iniciativa que propõe o banco de dados é de Sargento Tânia Guerreiro (PSL), que integra a comissão. Caso aprovado, o cadastro contará com “dados pessoais, idade, foto e endereço dos condenados, além de um relato com as circunstâncias do crime”. Originalmente, o texto estabelecia que a Secretaria Municipal de Defesa Social (SMDS) seria responsável por criar, atualizar e divulgar as informações dentro dos limites da lei. Mas o substitutivo geral, apresentado em atendimento ao parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), delega que o Executivo é quem vai apontar o órgão que fiscalizará a legislação.

A intenção é que esses dados sejam disponibilizados, “mediante acesso restrito, controlado e identificado”, às “polícias e delegacias especializadas, Ministério Público, Poder Judiciário e demais autoridades conforme regulamentação”. Com o tabelamento dessas informações, Tânia Guerreiro espera criar uma nova ferramenta para assegurar a proteção aos direitos da criança e do adolescente. “Trata-se de garantia de uma sociedade futura mais bem estruturada, cujo viés e reduzir outras espécies de ilícitos e desvios”, justifica a parlamentar.

Na Comissão de Direitos Humanos, o texto chegou a ser relatado por Carol Dartora (PT), que havia recomendado em seu parecer que o projeto fosse enviado para consulta à Secretaria Municipal de Defesa Social, ao Conselho Tutelar, ao Comando Geral da Guarda Municipal, o Comtiba (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), à Procuradoria Municipal de Curitiba e ao Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR). O voto da vereadora não obteve maioria no colegiado e a proposta foi redistribuída. Coube então a Alexandre Leprevost (Solidariedade) analisar a iniciativa e o relatório do vereador também recomendou a mesma consulta, e sem a maioria dos votos, o projeto de lei segue para dois turnos de votação em plenário sem parecer.