MARIANA HAUBERT
BRASÍLIA, DF – A presidente Dilma Rousseff divulgou nesta terça-feira (27) nota oficial para celebrar o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto.
Dilma afirmou que neste dia ela se junta a todos que, “pelo mundo afora, rendem homenagens aos 6 milhões de judeus vitimados por um dos mais trágicos episódios da história do século 20”.
“Relembrar os horrores do Holocausto é necessário para que eles jamais sejam esquecidos, para que jamais se repitam. Para que se fortaleça, sempre e em todas as sociedades, a condenação a todas as formas de intolerância, discriminação, perseguição e violência contra pessoas ou comunidades por sua origem étnica ou crença religiosa”, afirmou.
Dilma destacou que o povo brasileiro “é uma mistura de pessoas e raças das mais diferentes origens”, que se orgulha de viver harmoniosamente e busca “fortalecer o respeito à diversidade, à tolerância e à solidariedade”.
“Por isso, o Brasil inteiro se agrega, hoje, às homenagens deste dia, para celebrar o respeito aos direitos humanos, base para uma sociedade mais justa e fraterna, que queremos para nós e para todos os países do mundo”, afirmou.
A presidente encerrou a nota oficial com o cumprimento tradicional judaico “shalom”, que significa a paz entre duas entidades ou a paz interior de uma pessoa.
Nesta terça, celebram-se os 70 anos da libertação de prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia. O campo é tido como o mais cruel do regime nazista.
A data foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro de 2005, como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Em nota, o Itamaraty afirmou que o governo brasileiro está empenhado em assegurar o fim de todas as formas de discriminação, em um momento “de manifestações crescentes de antissemitismo, islamofobia, xenofobia e demais formas de intolerância em diversas partes do mundo”.
“O governo brasileiro recorda a barbárie que vitimou milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial e homenageia os brasileiros que salvaram vidas humanas naquele triste momento da história, como Luiz Martins de Souza Dantas e Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, cujos nomes se encontram gravados no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto, em Israel”, diz a nota do Itamaraty.
O ministério diz também que “recordar e honrar as vítimas da Shoá não é apenas um dever moral iniludível”, mas também uma “poderosa arma na luta, que deve ser de todos, contra o ressurgimento das condições que deram origem ao Holocausto, naquele que foi um dos períodos mais sombrios da história da humanidade”.