Os agentes da Guarda Municipal (GM) de Curitiba agora serão obrigados a manter a câmera corporal ligada no uniforme durante todo o expediente. É o que determina um decreto sancionado pelo prefeito Rafael Greca e publicado no Diário Oficial do município na última sexta-feira (12).
Antes, os guardas eram obrigados a acionar os equipamentos apenas quando iniciavam o atendimento de uma ocorrência. Agora, terão de permanecer com a câmera ligada e filmando todo o horário de trabalho, sendo autorizado o desligamento do equipamento apenas no intervalo intrajornada para descanso, alimentação, saúde e quando vão ao banheiro. Fora isso, o equipamento terá de ser ligado tão logo se inicie o dia de trabalho, sendo desligado apenas depois do fim do expediente.
“O uso de câmeras corporais acopladas ao uniforme é obrigatório para os agentes públicos da GMC, no exercício das atividades operacionais e fiscalização de trânsito, durante o período integral de trabalho”, determina o decreto.
A medida é anunciada quase dois meses após a morte do adolescente Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos, morto no dia 25 de março ao ser baleado durante uma abordagem da GM no bairro Campo Comprido.
Inicialmente, a corporação afirmou que o jovem teria reagido a uma abordagem, mas depois surgiram provas que contrariam tal alegação e levaram ao afastamento dos guardas envolvidos no caso, que estavam com suas câmeras desligadas quando efetuaram o disparo que atingiu Caio na cabeça.
