A secretária da Saúde de Curitiba, Márcio Huçulak, afirmou nessa sexta-feira que a rede privada de Saúde na capital paranaense não está conseguindo dar conta dos casos de Covid-19. “A rede privada chegou ao limite. Ontem transferimos pacientes da rede privada para o SUS”, contou Huçulak, em entrevista coletiva.
Para ela, é preciso suspender as cirurgias eletivas nesse momento e usar esse espaço (centros cirúrgicos e ambulatórios) para leitos exclusivos para Covid-19. “Faço esse apelo à Região Metropolitana, porque essa população está vindo para Curitiba”, afirmou. “Estamos nesse esforço para reverter leitos”, disse.
Segundo a Prefeitura de Curitiba, a taxa de ocupação dos 283 leitos SUS exclusivos para covid-19 está em 87%.
“As pessoas relaxaram com relação ao vírus, especialmente os jovens, que são quem estão levando o vírus e contaminando familiares. Estes jovens têm quadro leves e acabam contaminando os outros. Temos histórias de uma pessoa contaminar 30 pessoas e ter vários óbitos relacionados. O vírus está no nosso meio e dependemos da vacina”, declarou Huçulak, reforçando apelo à população. “O que vemos é que as pessoas não estão mais respeitando sequer o isolamento, saindo trabalhar com diagnóstico positivo”, disse.
A secretária destacou que a estrutura para tratamento dos pacientes com coronavírus já está disponível na cidade, que não está faltando nada nas UPAs e hospitais, mas alertou que há limites. “Curitiba tem uma rede hospitalar robusta, mas, se a sociedade não fizer sua parte com os protocolos de segurança, não haverá leito que resolva”, alertou Márcia.
A secretaria municipal da Saúde de Curitiba tem programado a reativação de 24 leitos de UTI covid-19 na próxima semana. Em julho a cidade chegou a ter 355 leitos exclusivos. “Neste momento nossa capacidade é para 370 vagas de covid”, disse Márcia.
