O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quarta-feira (18) que deseja fazer todas as reformas possíveis, sem nenhum temor, e disse que a retomada do diálogo com o Congresso Nacional já permitiu a implementação de mudanças. O presidente reconheceu, no entanto, que a reformulação da macroeconomia não produz efeitos a curto prazo, e disse que a redução do desemprego só deve começar a acontecer no segundo semestre.
Para sair da recessão, o primeiro passo que estamos dando para retomar crescimento é usar capacidade ociosa. E isso deve ocorrer neste primeiro semestre. Por isso, devemos começar a reduzir desemprego no segundo semestre do ano, disse Temer.
O presidente defendeu que seu governo é o governo das reformas, sem receios de enfrentar questões que possam ter resistência no Legislativo ou junto à população. Às vezes as pessoas não têm disposição suficiente para enfrentar certos termos, e temos tido coragem, produzindo efeitos concretos, afirmou.
Segundo Temer, entre esses efeitos concretos está a perspectiva de inflação menor, o que abriu caminho para a redução da taxa básica de juros da economia, hoje em 13%. Isso é sinal de que medidas concretas e palpáveis estão dando resultados, disse.
O presidente contabiliza 54 medidas que foram tomadas em seu governo graças à retomada do diálogo com o Congresso. Evidentemente tudo está muito pautado pela economia. A macroeconomia está sendo reformulada, mas produz efeito em prazos mais longos. A microeconomia não, produz efeitos imediatos, e é isso que queremos, disse Temer.
Tributária – O presidente a ressaltou que a próxima reforma a ser encaminha pelo Executivo para discussão dos congressistas deverá ser a tributária, tema que se arrasta há vários anos no Congresso. Propomos quatro reformas importantes para o País em oito meses. A próxima reforma será a simplificação do sistema tributário. Estamos sendo ousados, além de coragem é preciso ousadia, ressaltou Temer.
O presidente comemorou os avanços nas discussões em torno da Previdência. A proposta do governo já teve sua admissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no final de 2016.