Um dos temas mais abordados nesta eleição municipal tem sido a questão das creches. De olho no voto das mães da nova classe C, que com o aumento da taxa de emprego cada vez mais necessita de um lugar para deixar suas crianças enquanto trabalha, garantindo assim a melhoria de renda de suas famílias, os candidatos se esforçam para mostrar serviço nesse quesito. No programa de sexta-feira, Luciano Ducci (PSB) procurou defender sua gestão, afirmando que só nos últimos dois anos criou 6.500 novas vagas, isso com recursos próprios. E que agora, com verbas federais, promete 15 mil novas vagas em quatro anos. Para não perder a viagem, aproveitou para criticar as promessas do adversário, Ratinho Júnior (PSC), que tem acenado com a ampliação do horário de atendimento, ao mesmo tempo que prevê a redução da carga horária das educadoras. O programa de Ducci apontou que Curitiba já tem creches atendendo até as 23 horas. E propalou a complexidade da manutenção desses equipamentos para apontar a suposta fragilidade das promessas dos adversários, de zerar o déficit de vagas no setor.
Independência
Ducci e Ratinho Júnior também fizeram menção, em seus programas, ao Dia da Independência. O prefeito aproveitou para lembrar do mensalão. Ao julgar o mensalão, o Brasil dá um novo grito de independência. Independência de um passado que não queremos mais ver se repetir. De condutas e manobras que não podemos mais aceitar, afirmou.
Sem padrinhos
Já Ratinho Júnior usou a efeméride para mais uma vez se colocar como único candidato independente. Minha candidatura é assim, sem padrinhos políticos, uma candidatura de pessoas de bem. Minha independência vai permitir que eu chame os melhores técnicos para as secretarias. Que eu um bom diálogo tanto com o governo do Estado, quanto com o governo federal. Um candidato independente pode tomar as próprias decisões, para o bem da cidade, disse.
Pela metade
O programa de Gustavo Fruet (PDT) também começou entoando o hino nacional. Mas não fez menção direta à Semana da Pátria.
Da porta para fora
Fruet tem copiado, em sua propaganda, estratégia do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ao explorar o fato de que a vida dos brasileiros, em especial o padrão de consumo das famílias da nova classe C melhorou. Mas que falta melhorar a vida da população da porta de casa para fora, o que caberia à prefeitura e aos serviços públicos por ela oferecidos.
Ventríloquos
Fruet também voltou a exibir depoimentos de pessoas beneficiadas por programas federais como o Bolsa Família, e que dizem que vão votar nele porque o pedestista está com Lula e Dilma. Curiosamente, porém, o candidato do PDT não se refere pessoalmente à presidenta e ao ex-presidente. Parece que mesmo depois de sair do armário, Fruet ainda mantém uma postura de não assumir claramente sua relação direta com o grupo político do PT no plano federal.
Vídeo Show
Com poucos recursos para a produção de seus programas, Rafael Greca (PMDB), recorre cada vez mais a imagens de arquivos do tempo em que era prefeito. No último programa, lembrou dos shows de Paul MacCartney e Roberto Carlos na Pedreira Paulo Leminski.
Poetices
Greca falou de cultura, e claro, não dispensou a veia poética. Descreveu a questão cultural como um passado de duas asas: erudita e popular, global e local.
Confete
O candidato do PMDB também acenou com o retorno do desfile das escolas de samba de Curitiba, no Carnaval, à Avenida Marechal Deodoro, ao invés do Centro Cívico.
Londrina na linha
Se em Curitiba PT e PDT estão unidos em aliança em torno de Gustavo Fruet, em Londrina, a candidata petista, a ex-ministra Márcia Lopes, explora em seu programa (veja o vídeo) os escândalos de corrupção que envolveram as últimas gestões da cidade, incluindo o prefeito cassado e candidato Barbosa Neto (PDT). Chega de escândalos, brada o programa sob o slogan Londrina na linha, e exibindo depoimentos de populares que se dizem cansados de corrupção.