Me lembro muito bem quando entendi os motivos que levavam muitas “coleguinhas” a me excluírem de festas, conversas e brincadeiras. Eu devia ter uns 8 anos. “Você é filha de pais desquitados. É sozinha”, sentenciou uma delas. Confesso que na hora eu não entendi, afinal eu não era sozinha, tinha irmã e uma mãe bem legal, e também um pai, que aparecia bem de vez em quando, mas existia.  Foram anos para entender, resolver e deixar pra lá.

Hoje, fico encantada com a diversidade de modelos de famílias e histórias em todos os cantos, no trabalho, na escola das crianças e na sociedade. O que importa é o amor. Fico mais feliz quando vejo como boa parte dos adolescente se crianças lidam com tanta diversidade.

De repente, uma comissão no Congresso acha que tem  o direito de determinar que todas essas famílias não existem e que só vale aquele formato tradicional de homem, mulher e filhos. Isso, agora, na era da diversidade, da liberdade, da informação. Não dá para aceitar, não tenho que como eu explicar uma decisão dessa para meus filhos.  Mas posso sim explicar para eles que a internet e as redes sociais podem ser boa uma forma de protestar contra decisões absurdas como essa.