Não adianta você negar, mas um dia o seu filho vai mentir para você. Aliás, ele vai mentir em diversas fases da vida dele e das mais diversas formas. As mentiras serão das mais bobinhas às mais graves. Às vezes, seu pequeno vai ficar nervoso, outras vezes vai parecer um Leonardo DiCaprio ou uma Fernanda Montenegro de tão convincente.

As primeiras mentirinhas vão ser até engraçadinhas, do tipo “não fui eu que derrubei aquele pote de balas no chão” ou “foi minha irmã que sujou todo o sofá”, quando ele tiver ainda 2 ou 3 aninhos. Depois, lá pelos 8 anos,  nem vai gaguejar ao afirmar que já estudou a tabuada, quando não chegou nem na metade. Aos 10 anos, vai negar com todas as forças que pegou aqueles R$50 no balcão da cozinha que estava reservado para a panificadora.

Mais tarde, a sua menina de apenas 16 anos vai olhar bem dentro dos seus olhos e  dizer que vai dormir na casa da amiga, quando na verdade vai em uma festa na casa de um cara que ela só conhece pela internet.  O seu garoto, de apenas 17 anos, vai jurar que que não bebeu nada alcoólico naquela festa inocente apesar de ter derrubado tudo no caminho até o banheiro que está agora todo vomitado.

A diferença se o seu filho ou filha vai continuar mentindo ou não pelo resto da vida é se você, pai ou mãe, vai prestar atenção nele ou não, mas isso não só em um momento ou outro, mas se vai conhecê-lo o suficiente para saber se está falando a verdade ou se está mentindo. Quem ama cuida, conhece e presta atenção. E o mais importante: corrige e  intervém. 

A lição é simples e velha: ” A mentira tem perna curta”. Se em casa, seu filho perceber isso, a mentira perde a força e sai de fininho.

Caso contrário, a mentira será algo constante e viciante para você e seu filho em  uma espécie de ciclo vicioso que em algum momento revelará surpresas desagradáveis. 

 PS: Meus filhos já mentiram para mim sim, mas as mentiras acima são obra de ficção.