A 5a Vara Criminal da Região Metropolitana de Curitiba condenou 16 pessoas denunciadas pelo Ministério Público pelos crimes de formação de quadrilha, peculato (desvio de recurso público), falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, no caso que ficou conhecido como Diários Secretos. Todos os condenados eram ligados ao gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Nelson Justus (DEM) no período de 2007-2010. Outros 14 réus no mesmo processo foram absolvidos pela Justiça. O MP, por meio da 3ª Promotoria Criminal de Curitiba, vai recorrer das absolvições.
As penas estipuladas aos 16 réus condenados variam dependendo do grau de envolvimento com o esquema de desvio de recursos públicos. Os que tiveram maior participação receberam condenações de quase 50 anos. Já ex-diretor geral da Assembleia, Abib Miguel, conhecido como Bibinho, que está entre os condenados e já tem outras condenações, recebeu pena de um ano e quatro meses.
Diários secretos – O esquema denunciado pelo Ministério Público implicava no desvio de dinheiro público dos cofres da Assembleia que envolvia a contratação de funcionários fantasmas. Para a manutenção do esquema, as contratações foram noticiadas nos chamados diários secretos, ou seja, em publicações que deveriam ser públicas, mas que não eram disponibilizadas para consultas.