elio rusch

Líder do governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa, o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) não usou mais a tribuna da Casa desde o retorno das sessões, na segunda-feira, após a crise que culminou na invasão do parlamento estadual por manifestantes e servidores contrários ao pacote de corte de gastos, na semana retrasada. Desde então, quem tem assumido a defesa do governo e o confronto com servidores que têm acompanhado às sessões é o vice-líder da bancada governista, deputado Élio Rusch (DEM).

Hoje, assim como ontem, Rusch bateu de frente com professores e manifestantes que ocuparam as galerias do plenário, e vaiavam parlamentares de situação que apoiavam o pacote. O deputado do DEM até que evitou abordar diretamente a questão da greve e o pacote, na sessão de hoje, preferindo falar da paralisação dos caminhoneiros. Mesmo assim, foi hostilizado pelos manifestantes. “Se o cidadão ali quiser usar a tribuna, seja candidato, faça 50 mil votos e venha aqui”, reagiu Rusch em determinado momento.

O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), novamente teve que intervir para pedir silêncio das galerias. Não adiantou. “Vocês estão a serviço do PT, de defender a roubalheira que existe no governo federal”, acusou o vice-líder do governo, diante de novas vaias. “Aqui tem pessoas que não querem ouvir a verdade”, disse, culpando a presidente Dilma Rousseff pela greve dos caminhoneiros. “Quero convidar quem defende a moralidade que vão para a rua no próximo dia 15”, desafiou, referindo-se ao protesto programado contra o governo Dilma.