A artista visual Corina Ferraz faleceu nesta sexta, dia 30 de março, em Curitiba. Corina nasceu no Leme (SP), em 1948, e depois mudou-se para Curitiba, onde estudou na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap). Reconhecida pela sua produção de arte naïf, participou do Salão dos Novos (1971) e do 47.º Salão Paranaense (1990); na Argentina, esteve na VII Bienal de Arte Sacra (1998) e, nos Estados Unidos, da coletiva na Gallery Catholic Theological Union, em Chicago (2000).

 

 

Segue texto publicado para a Revista Ideias em março deste ano.

Os céus de Corina Ferraz

Ritmo, canção, cor, delicadeza. Assim é Corina Ferraz e sua obra. A artista, que estudou em colégios internos, trouxe a liturgia, o latim e o canto para sua vida. Transformou seu trabalho em poesia, a cor em imaginação. Corina vê a vida quando olha para o céu.

Artista: compositora, pintora, cancioneira, poeta. Nas suas mais variadas formas, tem o que considera essencial à vida: pureza. “Sem isso não é possível fazer nada”, avisa.

Nasceu no Leme (SP), em 1948, e depois mudou-se para Curitiba, onde estudou na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap). Reconhecida pela sua produção de arte naïf, participou do Salão dos Novos (1971) e do 47.º Salão Paranaense (1990); na Argentina, esteve na VII Bienal de Arte Sacra (1998) e, nos Estados Unidos, da coletiva na Gallery Catholic Theological Union, em Chicago (2000).

Em 2012 realizou a exposição individual “Ceias Sertanejas”, no Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba. Foi premiada no Salão de Miniquadros do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (1985) e no 10.º Salão de Jacarezinho (1994).

Em sua percepção, “as pessoas precisam olhar mais para cima, ver o céu, as nuvens, o arco-íris”. Reflexo disso está em sua obra, como um espelho.

Corina trabalha como se rege uma orquestra. Ouve nota por nota, afina o som, tem os olhos e os ouvidos atentos para os descompassos e para a beleza e, dessa maneira, cria, percebe, equilibra.

 

Crédito foto: Kraw Penas