Rodrigo Fonseca/CMC – Câmara: com urgência

A Câmara Municipal de Curitiba aprovou hoje regime de urgência para uma série de projetos encaminhados pelo prefeito Rafael Greca (DEM) envolvendo os servidores públicos da Capital, como o reajuste salarial de 3,5% e a prorrogação até 2021 da suspensão dos planos de carreira. O pacote inclui ainda a redução de 16 para 6 no número máximo de servidores liberados para atuarem nos sindicatos da categoria. Com a decisão, esses projetos devem ser votados em plenário já no próximo dia 18, com ou sem pareceres das comissões temáticas da Casa.

A discussão sobre o regime de urgência durou uma hora e meia. No caso do reajuste, a aprovação foi unânime. Já para os outros dois projetos, houve votos contrários da oposição e parlamentares independentes.

O líder do prefeito na casa, vereador Pier Petruzziello (PTB) encaminhou alegou que o município precisa manter o equilíbrio de suas finanças obtido após o pacote de ajuste fiscal aprovado em 2017. A oposição criticou a pressa da prefeitura em votar os projetos.

Sobre o reajuste, Petruzziello afirmou que “se você olhar o resto do país, isso é uma enormidade”. “Não adianta fazer politicagem aqui. Não contem comigo se for para mentir aos servidores”, disse.

“A gente não debate isso em três dias. Acho importante regulamentar, mas me parece mais uma afronta aos servidores”, disse Professora Josete (PT) sobre a proposta relacionada à atividade sindical. Já Noemia Rocha (MDB) declarou ser contra “qualquer tipo de urgência”.

“Não se justifica, é inadequado”, disparou Professor Euler sobre votar com urgência o novo congelamento dos planos de carreira. Para o parlamentar, houve dois anos para discutir o tema, “o que não foi feito e agora querem fazer de forma apressada”. Da mesma forma avaliou Dalton Borba, que acredita ter havido tempo necessário para que a Prefeitura encontrasse uma solução ao assunto. “É no mínimo questionável. Não há urgência. O que há é uma tentativa de imprimir urgência naquilo que não é”.