Palmeiras, Internacional e Grêmio. Nos capítulos anteriores, comemoração atleticana. Nesta quarta-feira (27), o desfecho de uma história que começou a ser escrita no ano passado. O palco não poderia ser outro: o Maracanã, palco de final de Copa do Mundo, um dos maiores estádios do mundo. O adversário, o Flamengo, clube de maior torcida do Brasil, hexacampeão brasileiro, bicampeão da Copa do Brasil, campeão da Libertadores e do mundo. E para não ficar entre um mero figurante e o ator principal, o Furacão precisa da vitória.

Na partida de ida, empate na Vila Capanema por 1 a 1, gols de Marcelo e Amaral. Para evitar o efeito Frankenstein e superar uma síndrome que tem afligido as equipes paranaenses, a síndrome do vice, o Atlético-PR precisa vencer ou então empatar por dois ou mais gols. Empate em 0 a 0 o troféu fica com os cariocas e novo 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis.

Exemplos não faltam para o rubro-negro paranaense buscar inspiração e não deixar de acreditar no título. Dois deles, inclusive, são bem recentes: Fluminense de 2007, que venceu na decisão o Figueirense e tinha em seu elenco o zagueiro Luiz Alberto, hoje titular do Furacão, e o Santo André de 2004, que silenciou o Maracanã e comemorou o título da Copa do Brasil em cima do Flamengo, antagonista da noite de hoje.

Para escrever um final feliz, os comandados de Vágner Mancini terão de superar cinco desafios: os desfalques, o fator Maracanã, o emocional dos jogadores, a má fase como visitante e a obrigação de atacar, deixando espaços na defesa.

Dentre os desfalques, uma ausência que certamente será muito sentida é a do lateral-direito Léo. O jogador foi absolvido por unanimidade pelo Superior Tribunal de Justiça Desportivo (STJD) na noite da última terça-feira, mas hoje o mesmo tribunal não concedeu a liminar ao atleticano, o que o impede de atuar na grande decisão. Outro desfalque é o meia Everton, suspenso pelo terceiro amarelo, um dos jogadores do Atlético-PR que mais acertam passes, um dos que mais chuta, um dos que mais desarma e o jogador que mais dribla. Bruno Silva e Roger, que já defenderam, respectivamente, Ponte Preta e Sport na competição, também ficam de fora.

No Flamengo, Jayme de Almeida tem apenas dois desfalques: o zagueiro Chicão, com lesão na coxa direita, e o volante Victor Cáceres, que se recupera de cirurgia.

Base entrosada

Um dos méritos do Atlético-PR, certamente, é o entrosamento. Dos 11 prováveis titulares desta quarta-feira (27), nove estão no Furacão desde, pelo menos, a Segunda Divisão, no ano passado. No Flamengo, o número de “remanescentes” é um pouco menor: cinco jogadores.

No Rio de Janeiro

Flamengo: Felipe; Leonardo Moura, Samir, Wallace e André Santos; Amaral, Luiz Antônio, Elias e Carlos Eduardo; Paulinho e Hernane. Técnico: Jayme de Almeida.
Atlético: Weverton; Juninho (Jonas), Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; Deivid, Zezinho, Felipe (João Paulo ou Dellatorre) e Paulo Baier; Marcelo e Éderson. Técnico: Vagner Mancini
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Local: Maracanã, hoje às 21h50