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A expectativa é que o réu Luis Manvailer, acusado de matar a mulher Tatiana Spitzner, seja interrogado no Tribunal do Júri de Guarapuava neste domingo (9), a partir das 10 horas. O júri começou no dia 4 de maio.

O quinto dia do júri, comandado pelo juiz Adriano Scussiatto, neste sábado (8), em Guarapuava, foi marcado pela exibição de três vídeos de testemunhas, que já tinham sido ouvidas na primeira fase. Um deles foi do médico de Tatiana, Rodrigo Crema e os outros dois de vizinhos sobre o dia do crime. Também foi ouvido, a pedido da Defesa, o depoimento do legista Luiz Saavedra de Paiva, assistente técnico da Defesa.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou mais de 10 mil páginas de trocas de mensagens entre o casal, que indicam que Manvailer tentava intimidar e demonstrava ciúmes de Tatiane. As mensagens apresentadas para comprovar que Manvailer colocava medo, humilhava e xingava Tatiane, assim como apresentava episódios de ciúmes excessivo. O material completo foi entregue para os sete jurados.

O quinto dia de júri terminou por volta das 22h15 o quinto dia do julgamento de Luís Felipe Manvailer no Fórum de Guarapuava. 

Os adiamentos

Inicialmente, o júri popular tinha sido agendado para os dias 3 e 4 de dezembro do ano passado. Depois de um dos advogados de Manvailer ser diagnosticado com Covid-19, a Justiça indicou 25 de janeiro de 2021 como nova data.

Porém, a defesa do réu já estava intimada para participar de quatro audiências de réus presos em outros casos nos dias 25 e 26 de janeiro. Então foi definido o dia 10 de fevereiro. Mas os advogados do réu alegaram ter o “trabalho cerceado” e abandonaram a sessão.

Relembre o crime

Tatiane caiu do 4º andar do edifício onde o casal morava, no centro de Guarapuava, no dia 22 de julho de 2018, na volta da comemoração do aniversário de 31 anos do marido, em um bar da cidade. Câmaras de segurança do condomínio registraram Manvailer agredindo a mulher no elevador, depois recolhendo o corpo dela na calçada e, por fim, limpando as marcas de sangue. Tatitane tinha 29 anos. Para o Ministério Público, Manvailer atirou a mulher da sacada. A defesa sustenta que ela se jogou.O Ministério Público do Paraná (MPPR) alega crime de feminicídio com qualificadoras do homicídio: motivo torpe, morte mediante asfixia e uso de meio que dificultou a defesa da vítima. O homem também foi é acusado pela prática dos crimes de cárcere privado (por ter impedido a saída da esposa do apartamento) e fraude processual (por ter removido o corpo da vítima do local da queda e limpeza do sangue deixado no elevador). O professor foi preso ainda na madrugada de 22 de julho, depois de bater o carro na BR-277, em São Miguel do Iguaçu. Estava a 340 quilômetros de Guarapuava, no sentido do Paraguai.