Divulgação/Paraná Clube/Irapitan Costa – Mazzuco

O executivo de futebol do Paraná Clube, André Mazzuco, falou sobre a saída do ex-goleiro Marcos do cargo de diretor de futebol, sobre os salários atrasados, sobre as ameaças de morte ao jogador Andrey e sobre a crise política.

Mazzuco disse que a carta de Marcos não foi bem recebida no clube. “A saída dele nos pegou um pouco de surpresa. O Marcos era um cara do dia a dia. Até no dia anterior estávamos discutindo situações de andamento. Havia papéis bem definidos dentro do clube. A carta não foi bem recebida. A gente até entende o momento, a situação, mas talvez a força de expressão, a amplitude de colocações pode ter atingido pessoas que não deveriam. O Paraná é um clube sério, competente e organizado. Problema todos têm e temos que buscar a solução. O Marcos é um ídolo e vai continuar sendo. Foi algo precipitado para nós, nos pegou de surpresa e não houve conversa. É um cara bem quisto por todos. Não externamos nada, foi resolvido internamente. Pela força de expressão acabou atingindo pessoas e ampliando um leque de discussão desnecessário”, comentou Mazzuco, em entrevista coletiva nessa quinta-feira (dia 28).

Em relação aos atrasos nos salários, o dirigente também explicou. “A gente iniciou os pagamentos na terça-feira e está fazendo as quitações. A situação está controlada”, disse. “Houve um atraso dentro do mês, mas já está sendo quitado. Nós somos transparentes na conduta interna, porque os profissionais precisam saber da situação. Não há nenhuma coisa maldita no clube que alguém deixou de falar ou esclarecer. Está tudo sob controle”, afirmou.

Mazzuco respondeu ainda sobre as ameaças de morte de torcedores contra o atacante Andrey. “É um fato triste que tem ocorrido no futebol, onde tem um ambiente aberto em rede social e as pessoas passam do limite. É um menino de 18 anos e que nunca deixou de cumprir suas atividades. A gente já vinha trabalhando aspectos comportamentais com ele diante da suspensão dele do ano passado, diante de uma atitude que não foi legal. É um menino em formação e é muito triste ter que preservar o atleta em uma situação dessa, para que se esfriem reações desencadeadas por rede social. Conversei muito com ele, conduzimos e são mazelas que ele vai enfrentar na carreira, não deveria, pois passou de qualquer limite”, disse.

Para completar, o dirigente falou sobre a crise política no clube. “A situação política do clube a gente procura nem se intrometer. É uma situação que vai muito além do departamento de futebol. O Léo é um cara que nos dá o suporte necessário, nós confiamos muito na condição dele como presidente e sabemos que não está fácil. São situações que não competem nem a nós julgarmos ou avaliarmos. Nós temos o presidente Leonardo que nos dá o suporte necessário e que buscamos o papel como departamento de futebol. Isso passa pelos resultados em campo”, afirmou.