CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Pai do candidato ao governo do Paraná Ratinho Júnior (PSD), o apresentador Ratinho teve sua participação em eventos de campanha do filho limitada pela Justiça.
O juiz Gilberto Ferreira, do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), determinou nesta sexta (21) que atos com a presença do empresário não sejam animados ou apresentados por ele, tampouco anunciados dando destaque à sua participação.
A decisão considera que a figura do pai do candidato vinha sendo usada para atrair um público maior aos comícios de Ratinho Júnior, o que extrapola os limites da liberdade de expressão e desequilibra o pleito.
O magistrado citou peças de campanha que anunciam a presença de Ratinho pai nos eventos. Em um dos convites, lê-se: Venha dar um abraço no Ratinho!.
Não se pode impedir que o cidadão Ratinho preste apoio ao filho durante a campanha eleitoral, inclusive participando de comícios e eventos. Contudo, deve-se evitar o abuso desse direito, escreveu Ferreira.
Para o juiz, celebridades e artistas não podem atuar em eventos de campanha na condição de protagonistas, mas sim como cidadãos.
Em um dos eventos com a participação do apresentador, realizado no início de setembro em Curitiba, Ratinho pai elogiou o filho por gostar do povo, e pediu: Se vocês gostam do Ratinho, desse Ratinho aqui [aponta para si], votem no meu filho.
A decisão, de caráter provisório e da qual ainda cabe recurso, atende a pedido da coligação de Cida Borghetti (PP), atual governadora e candidata à reeleição.
Ratinho Júnior, que foi deputado estadual, federal e secretário de Desenvolvimento Urbano, está em primeiro lugar nas pesquisas de opinião. No último Ibope, feito no início de setembro, tinha 42% das intenções de voto, contra 13% de Cida. Em terceiro lugar, aparece o deputado federal João Arruda (PMDB), com 6%.
Para Ratinho Júnior, a justiça está querendo crucificar um pai. Segundo ele, o apresentador tem participado dos eventos para contar a história da família e da atuação do filho como gestor do grupo empresarial. Estão tirando um pai da campanha de um filho, afirmou. A coligação deve recorrer.