Geraldo Bubniak – Fernando Diniz

O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia, afirmou que o técnico Fernando Diniz não será demitido por causa dos resultados. '”Ele só sai por vontade própria, pode perder, pode até cair para a segunda divisão. O Fernando é o primeiro que encaixa certinho dentro do projeto”, afirmou o dirigente, em entrevista para o Blog do Julio Gomes

O blogueiro esteve no centro de treinamentos do Atlético-PR e teve uma longa conversa com os dirigentes do clube. “O blog foi convidado pelo Atlético a conhecer o CT do Caju e fazer uma entrevista com o atual presidente do Conselho Deliberativo”, explicou Julio Gomes. “Antes que mentes criativas tenham ideias criativas, nenhuma exigência foi feita, nenhuma pergunta foi vetada. Aliás, nenhum questionamento foi feito pelo clube sobre o quê, quando e como seria publicado. Não há relação entre as partes, apenas a profissional”, comentou.

Sobre a permanência de Diniz, o blogueiro confiou nas palavras de Petraglia. “Não convém acreditar em dirigentes, dirão os céticos (eu já devo ter dito isso algumas vezes). Mas a forma contundente como Petraglia falou do trabalho de Fernando Diniz me faz crer que este trabalho não será interrompido por cinco, sete ou dez derrotas”, argumentou. “Diniz não é apenas o treinador do time principal, mas coordenador técnico geral. O Atlético é um dos poucos clubes do Brasil que contrataram os serviços da empresa belga Double Pass, que revolucionou o futebol de base na Bélgica e na Alemanha. A ideia, de forma resumida, é que os clubes tenham uma filosofia de jogo e esta seja replicada em todas as categorias, com profissionais trabalhando de forma alinhada”, contou Julio Gomes. 

Na entrevista para o blog, Petraglia explicou porque demitiu tantos treinadores desde 1995, quando passou a comandar o clube. “Tem uma frustração muito grande naquilo que o projeto exige. A vida inteira fui um dos responsáveis por contratar os treinadores. Quando você conversa com eles de forma prévia, se mostram abertos, pró-ativos, comprometidos com o novo, o moderno que o projeto exige. Três dias depois que chegam aqui, mudam. Por que a gente trocou tanto de técnico? Porque é sempre mais do mesmo. Sempre querendo ser o (Emerson) Leão da vida ou o (Vanderlei) Luxemburgo da vida, querendo ser dono do clube. Achar que está tudo errado, trazer jogadores”, declarou. “Não se prepararam, não leram… claro, há exceções que confirmam a regra, mas a grande maioria não leu uma orelha de livro”, afirmou.