Os candidatos a prefeito de Curitiba apostam em carreatas para encerrar a campanha eleitoral da ‘pandemia’ neste sábado (14), às vésperas da eleição, que foi mais virtual e distante fisicamente do eleitor que nunca. Na contramão das carreatas, o candidato do PDT, Goura Nataraj, fará uma bicicletada.
Segundo a assessoria do prefeito Rafael Greca (DEM), candidato à reeleição, pela manhã ele participará de carreatas nos bairros das regionais Boa Vista, Matriz e Santa Felicidade. Na parte da tarde, o plano de passar pelas outras sete regionais, onde também acontecerão carreatas.
A campanha de primeiro turno do candidato Dr. João Guilherme (NOVO) será finalizada com a carreata mais longa e com maior tempo de percurso das campanhas para a Prefeitura de Curitiba. Serão cinco horas de carreata, passando por cinco regionais da cidade, em um trajeto de 35,4 quilômetros. Perto de 400 carros sairão do lado do terminal do Boqueirão às 10 horas, passando pelas regionais Pinheirinho, Portão, Matriz, terminando em Santa Felicidade por volta das 15 horas. “Sabemos que o voto da maior parte das pessoas está sendo decidido, de fato, nesse último momento. Vamos mostrar na rua que somos a melhor alternativa para ir ao segundo turno. Curitiba tem uma história de defesa da democracia e vai levar a eleição para o segundo turno, no qual teremos o mesmo tempo para mostrar que podemos fazer uma Curitiba ainda melhor”, comentou o candidato.
Já o candidato Fernando Francischini (PSL) marcou uma caminhada pela Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba, neste sábado (14), véspera do 1º turno da eleição municipal. A concentração começa às 9h30, na Praça Santos Andrade (em frente ao prédio da UFPR), e percorrerá a Rua XV até a Boca Maldita, um dos mais tradicionais redutos da política em Curitiba. Confiante que estará no 2º turno, o candidato vê a oportunidade como uma mobilização para quem deseja a mudança na cidade. “Este será o último evento da campanha no 1º turno. Vamos caminhar pela mudança da gestão da cidade. Que venha o 2º turno com grande apoio popular”, afirma o candidato. Após a caminhada, Francischini ainda fará uma carreata pelos bairros de Curitiba.
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A candidata do PL, Christiane Yared, programou para esse sábado (14) uma caminhada na Feira do Juvevê e Mercado municipal pela manhã. E à tarde, a candidata irá passar pela região do Jardim Botânico e Parque Barigui. Ela disse que não abriu mão de estar nas ruas e de conversar diretamente com a população dos bairros mesmo durante a pandemia. “O resultado é que chegamos à reta final dessa etapa inicial da campanha com possibilidades reais de irmos para o segundo turno. Estamos tecnicamente empatados no segundo lugar das intenções de voto e confiantes do resultado positivo no próximo domingo”, afirma Christiane.
Paulo Opuszka, candidato à prefeitura de Curitiba participou de carreata em diversos bairros da cidade nesta sexta-feira (13), acompanhado da deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Opuszka reforçou a importância do voto como elemento de mudança. “Somente por meio do voto é que vamos assegurar nossos direitos. É fundamental irmos às urnas para mostrar nossa insatisfação com os rumos dos atuais governos”, destacou. Os petistas lembraram, por exemplo, que os representantes do partido se posicionaram contra as reformas da previdência e do trabalho, a favor do auxílio emergencial de R$ 600, e contra medidas que atingiam negativamente os mais pobres. “Na hora do aperto são os quadros do PT que estão lá pra defender o povo. Vamos de 13 porque é o 13 que nos permite mudar”, finalizou Gleisi Hoffmann.
Uma bicicletada
O candidato do PDT, Goura Nataraj, vai dedicar o último dia de campanha a visitas ao Jardim de Sofia, na Ciclovia do Centro Cívico, e uma caminhada no Sítio Cercado pela manhã. Na parte da tarde, haverá o evento Pedal da Paz, na Praça de Bolso do Ciclista, e Bicicletada da Virada, que vai começar na Rua Bom Jesus, 159, e seguirá pelas vias calmas da João Gualberto, Sete Setembro até o Terminal do Portão.
Campanha fria
As restrições provocadas pela pandemia do Covid-19, a desistência de alguns pré-candidatos mais competitivos da disputa e a falta de mais debates marcaram a campanha no primeiro turno da disputa pela prefeitura de Curitiba, neste ano, ajudando a “esfriar” ainda mais o clima da sucessão municipal na Capital paranaense. Apesar do número recorde de candidatos no século, com dezesseis concorrentes, em nenhum momento a campanha pareceu empolgar ou envolver a maioria dos eleitores, mais preocupados com a sobrevivência cotidiana em meio à uma grave crise sanitária e econômica.