
A comunicação humana evoluiu de maneira impressionante. Acredita-se que, em algum momento da evolução da nossa espécie – provavelmente há cerca de meio milhão de anos – os hominídeos tenham começado a se expressar para trocar informações, a partir da onomatopeia (imitação de sons da natureza, de outros animais e de semelhantes). Esses grunhidos, aos poucos, se tornaram códigos que, com o passar de muito tempo, transformaram-se em linguagem organizada.
O registro mais antigo de evidência de fala (ou uma tentativa de expressar sons intencionais) data de cerca de 60 mil anos antes da Era Cristã. Trata-se de um osso hioide (situado na base da língua, considerado fundamental para o desenvolvimento da fala), encontrado em uma caverna em Israel.
Mas há outras características da comunicação humana que teriam surgido na chamada época das cavernas e que são determinantes para a forma como nos expressamos até hoje. Uma delas diz respeito ao nosso medo – natural – de falar em público. Quando estamos expostos ao público, nosso instinto de sobrevivência é acionado, como se estivéssemos frente a uma ameaça. Isso se dá por outro sentimento, também natural, que nasce na Pré-História: a necessidade de agradar.
Lá nos primórdios da raça humana, nos primeiros esboços de uma civilização, desagradar o líder ou o grupo poderia representar uma verdadeira sentença de morte. Se alguém fosse expulso do grupo, teria que enfrentar sozinho as condições da natureza hostil daqueles ambientes: chuva, neve, fogo, frio, calor, animais violentos… Ou seja: só conseguimos chegar até aqui, tantos anos depois, porque aprendemos que precisamos cooperar uns com os outros.
Todos nós, portanto, precisamos de validação social e isso é fundamental para nossa saúde emocional. É claro que há casos extremos: aquelas pessoas que parecem totalmente dependentes de aprovação social e aquelas que demonstram não se importar nem um pouco com isso, mas ambos os casos são exceções do comportamento médio e pessoas assim devem procurar a ajuda de profissionais da Psicologia.
Aos poucos, vamos aprendendo a enfrentar esses desafios. É por isso que, para a maioria das pessoas, é mais fácil falar na frente de amigos (a sensação de “ameaça” é menor). Para desenvolver autoconfiança e conseguir se expressar com assertividade perante uma plateia, o melhor caminho é praticar: a experiência traz a excelência!
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