
Exposições de arte são uma maneira de transportar seus visitantes para mundos desconhecidos. Mas quando adicionamos a essa experiência a possibilidade de nos sentirmos dentro das obras… é aí que realmente conseguimos explorar de forma única a arte em todas as suas possibilidades.
Projeções de vídeo em 360 graus em alta definição, sonorização do ambiente, estruturas lúdicas para interação do visitante, instalações com espelhos, tecnologia e objetos com ilusões óticas: tudo isso nos faz perceber a realidade ao redor de outra forma. Conseguimos mergulhar na mente do artista e na nossa própria. Experimentar diversão e confusão ao ver imagens distorcidas, perder-se em um labirinto instagramável, posar para uma foto parecendo estar de ponta-cabeça! Quantos significados essa interação entre visitante e obra consegue criar? Inúmeros!
Foi assim que me senti ao visitar o Museu das Ilusões em agosto, no Jockey Plaza – completamente instigada. E me entreguei à diversão! A instalação ocupou 1.500 metros quadrados do shopping com 83 atrações, onde as obras de Escher e outros artistas paradoxais brilham com sua magia própria. O Museu das Ilusões é o único do gênero na América Latina e tem itinerância pelo Brasil. Seu período em Curitiba já acabou, mas no dia 29 de setembro a cidade recebe mais uma exposição imperdível.
“Van Gogh & Impressionistas” bate recordes por onde passa. Por isso, há dias de visitação com ingressos completamente esgotados – mas eu fiz uma pesquisa para o leitor da DecorMix e aviso que ainda há ingressos para comprar a partir do dia 30 de outubro! A instalação será montada em um piso do Shopping Estação, ocupando 1.600 metros quadrados com labirinto instagramável e atelier imersivo com projeções em alta definição em 360 graus, ou seja, imagens nas paredes, piso e teto! A exposição conta, ainda, com um espaço dedicado ao trabalho de quatro artistas impressionistas e pós-impressionistas: Monet, Renoir, Gauguin e Cézanne.

O belíssimo quadro “Noite Estrelada” ganha vida em torno dos visitantes, enquanto uma trilha sonora clássica preenche o ar, adicionando uma dimensão extra à conhecida pintura. As obras “Quarto em Arles”, “Girassóis” e “Amendoeira em Flor” também ganham suas versões com efeitos de movimento em ambientes imersivos, e nos levam a momentos de contemplação profunda, cercados por estrelas cintilantes, girassóis vívidos ou pétalas caindo diante de um céu azul, nos ajudando a imaginar a visão do artista e como ele deve ter sentido ao finalizar as telas. São experiências que nos permitem não apenas contemplar a arte, mas vivenciá-la de maneira visceral.
É verdade que estas percepções também podemos ter ao visitar exposições de quadros e esculturas da maneira “tradicional”. Mas experimentar brincar com outras dimensões da arte, sentindo os estímulos sonoros e tácteis para além da visão também é algo transformador, e que pode funcionar como um momento de conexão entre pais e filhos, diversão entre amigos ou até um passeio a dois. Ao sair de um museu, sempre reflito como a arte tem a capacidade de nos levar a lugares que não acessaremos sozinhos, e como é gratificante compartilhar esses momentos com quem gostamos de conversar.
Experiências como essa não são apenas entretenimento, mas também uma oportunidade de expandir a mente e a compreensão da arte e da realidade. Elas desafiam a percepção e incentivam a exploração das fronteiras da criatividade humana. Ao final do dia, os visitantes saem das exposições com um profundo senso de gratidão pela capacidade infinita da arte de surpreender e inspirar, lembrando a todos que a imaginação não tem limites e que a arte sempre os levará a lugares extraordinários. Ainda bem!
Melissa Mussi | [email protected]