




Nesta última semana, a catástrofe climática no Rio Grande do Sul faz pensar no que a gente tem feito com o planeta. O problema não é só deles. Nem a responsabilidade. Compartilhamos todos das dores pelos descuidos, pelos maus tratos, pelas escolhas erradas, pelo consumismo desenfreado, pela falta de pensamento coletivo.
E isso tem tudo a ver com moda. A indústria têxtil é uma das mais poluentes do mundo, o consumo exagerado nos revela irresponsáveis e arrogantes, e até o ato de doar algo a quem precisa pode acabar sendo perturbado pela lógica sem empatia.
Vamos por partes. Se não ficarmos de olho em como as nossas roupas são feitas, o cenário só tem a piorar – ambiental e socialmente. Comprar qualquer coisa irresponsavelmente alimenta o esquema comercial que beneficia bem pouca gente, aumenta os abismos e as desigualdades. E, por último, mas não menos importante, até o ato de doar, roupas e calçados por exemplo, pode não cumprir seu papel social.
Solidariedade exige ação, olhar e escuta com afeto e respeito. Vi hoje um post do perfil @vozcolab, de Porto Alegre, com um tratado ético para as doações, com dicas óbvias, mas bem-vindas. Vamos a elas:
- Doe roupas e calçados em condições de serem usados, limpos e inteiros.
- Não é hora de se desfazer do que não gosta, mas de doar o que é útil.
- Procure saber quais são as necessidades de quem vai receber as doações.
- Identifique as doações, como, por exemplo, roupas masculinas, roupas infantis, calçados femininos, kit de higiene e por aí vai.
- Quem pode mais deveria doar mais.
- É hora de incentivar a solidariedade e não atrapalhar. Ter noção ajuda e muito. Espalhar fake news, bagunçar o coreto, se aproveitar da situação é irresponsável e criminoso. Vamos melhorar?
Os piores momentos podem nos revelar melhores, mais criativos, mais solidários. Aproveite a oportunidade para subir uns lances na sua evolução pessoal.