Com os impactos políticos e econômicos da pandemia de Covid-19 nas diversas modalidades de aplicação financeira, os leilões judiciais entraram na lista de investimentos mais rentáveis e seguros do momento. Essa opção é focada no arremate de imóveis, carros e outros bens de alto valor, com preços que costumam ser até 50% menores do que os de mercado.  Mas como investir de forma segura em leilões judiciais?

A melhor forma é identificar oportunidades e checar a veracidade das informações. Por isso listei as cinco principais informações para quem busca se tornar um bom investidor de leilões judiciais. Confira:

1 Busque sites confiáveis: ao optar por investir em leilões judiciais, procure sites confiáveis de leiloeiros que estejam devidamente matriculados na Junta Comercial.  A lista dos leiloeiros matriculados no estado do Paraná pode ser conferida no JUCEPAR  e no estado de Santa Catarina no site da JUCESC . Outra dica é verificar se o site do leiloeiro está registrado no Brasil quando o domínio ou url termina com “.com.br” ou “.lel.br”. Variações como “.com”, “.org”, “.net”, “.com/br” podem indicar fraude. 

2 Confie em leiloeiros oficiais: averigue se o leilão será realizado por um profissional que faz parte de alguma entidade de classe. O Sindicato dos Leiloeiros Públicos do Paraná e Santa Catarina, por exemplo, divulga quem são os associados. 

3 Verifique o preço: faça uma pesquisa de mercado sobre o bem que deseja adquirir. No caso de um veículo, cheque o valor da tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e compare com a proposta do leilão, para verificar a atratividade e mesmo a consistência da proposta. No caso de apartamentos, muitas vezes é possível verificar os parâmetros de mercado através de outros apartamentos que estejam à venda no mesmo prédio ou região. 

4 Leia o edital com atenção: o edital precisa ser lido na íntegra para que não restem dúvidas. No caso de imóveis, podem ou não existir dívidas que ficarão sob responsabilidade do arrematante e elas sempre devem constar no edital. Caso tenha dúvidas após a leitura, entre em contato com o leiloeiro responsável pela hasta pública para tomar os devidos esclarecimentos. É importante estar bem informado no ato do arremate. 

5 Entenda como será o pagamento: a regra geral é que o arrematante ficará responsável pelo pagamento do valor do arremate, a comissão de leilão, o imposto ITBI no caso de imóveis, custas processuais para expedição da carta de arrematação pelo juízo e o mandado de imissão na posse e custas para registro da transferência no cartório de registro de imóveis. Além disso, confira sempre as formas e condições de pagamento previstas no edital, se o valor deverá ser pago à vista, se existe possibilidade de parcelamento, e avalie o que é mais interessante caso a caso.