Depois que o Maradona meteu a mão na bola para marcar um gol na Copa do Mundo de 86, os atacantes insistem em repetir o feito. E quando isto acontece, e o gol é validado, o artilheiro vira a celebridade da rodada. É sempre a mesma ladainha – “Se o Maradona pode, por que eu não posso?”. O gol de mão do Maradona só ficou famoso porque ele marcou em um Mundial. Não foi um gol bonito. Foi um gol folclórico.
O “espertinho” desta vez foi o atacante Fabrício Carvalho, do Goiás. Não bastasse ter cometido a irregularidade, fez questão de alardear sua travessura. Só faltou mesmo um óleo de peroba para lustrar a cara do artilheiro. Ao término do jogo, ainda dentro de campo, Fabrício confirmou ao repórter que não havia conseguido alcançar a bola com a cabeça, e por isso esticou a mão. A bola acabou batendo em seu polegar e entrando. E para finalizar ele soltou uma risadinha. Como se fosse o “último dos malandros”.
Resultado: O TJD de Goiás suspendeu o “malandrão”, provisoriamente, por uma partida. O caso será julgado ainda esta semana. E espero que ele receba uma pena disciplinar severa.
Porque pior do que fazer um gol com a mão, é se orgulhar dele. Ao fazer o que fez, Fabrício Carvalho não pensou em ajudar o time do Goiás. Porque caso o árbitro tivesse percebido a infração, expulsaria imediatamente o atacante do campo. Um ato impensado e sem nenhum brilho. Além de prejudicar o seu time, deixou o juiz da partida com cara de paspalho. Repudio, terminantemente, o gol de mão. Até mesmo em uma pelada na várzea. Deixo essa para os argentinos.
Assine
e navegue sem anúncios