Reprodução/Pinterest – A mistura é a alma do boho e deste look de Siena Miller

O vestido de mangas volumosas e babados, que está nas araras das lojas nesta estação, não é hippie nem chique. É boho. O movimento londrino, que foi sensação no começo dos anos 2000 e teve embaixadoras como Kate Moss e Siena Miller, mistura referências boêmias, étnicas, vintage e uma característica urbana bem mais evidente do que a da moda “paz e amor”. A diferença entre o hippie norte americano e o boho é justamente esse pé na rua e um jeito de compor bem mais elaborado.
Até agora, no calor, o vestidão boho, que é largo, fluido, rico e elaborado, precisa de um contraponto mais pesado para se atualizar. A ideia é substituir os complementos rústicos por outros de pegada mais rocker, como coturnos, tênis descolados, botas western, jaquetas ou calças de couro e jeans. Dá também para usar uma versão mais curta com calça ou mudar a natureza do vestido e optar por modelos lisos e em tecido tecnológico, que garantem uma produção minimalista.
É muito legal provocar esses encontros improváveis na moda. É um exercício de não ceder à obviedade, de brincar com contrastes, além de abrir uma possibilidade incrível para quem não se reconhece muito no estilo romântico. O boho é hibrido, estabelece diálogos e passeia por diferentes repertórios, guarda-roupas e indumentárias de todas as tribos. A contemporaneidade é plural, sem fronteiras e livre.


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Kate Moss mostra que dá para inserir a bata boho em uma produção roqueira, com calça de couro e bota

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As listras equilibram o modelo cheio de babados, assim como o coturno, que aliviam o romantismo do vestido

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Flores, cores suaves, formas fluidas também combinam com tênis e bolsinha de corrente

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Mais curtinho, o vestido superamplo ganha o verão