Franklin de Freitas

Allana Brittes, uma das rés no caso do julgamento do ex-jogador Daniel Correa de Freitas, foi solta nesta sexta-feira (22), por decisão do Tibunal de Justiça do Paraná. A informação é do advogado de defesa dela, Elias Mattar Assad. Allana havia sido presa na quarta-feira (20), logo após o fim do julgamento, ocorrido em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba).

“O TJPR, atendendo a pedido da defesa, determinou a soltura imediata de Allana Brittes. Assim, está garantido o direito de Allana de recorrer da decisão em liberdade”, diz uma nota enviada à imprensa pel escritório Elias Mattar Assad Advogados Associados.

Allana, uma das sete pessoas julgadas pelo caso, pegou 6 anos e 5 meses de prisão e deveria cumprir a pena inicialmente em regime fechado. Ela saiu do tribunal de camburão, direto para a cadeia. Após o julgamento, a equipe de Assad afirmou que iria recorrer, por considerar que a pena, além de exagerada, não autorizaria prisão.

Edison Brittes, pai de Allana, foi condenado por todos os cinco crimes que ele era acusado e pegou 42 anos e 5 meses de prisão. Já a mãe, Cristiane, foi condenada a seis meses de prisão, mas pode recorrer em liberdade. Os outros quatro réus acabaram sendo absolvidos.

O caso Daniel

Com passagens por clubes como Botafogo, São Paulo e Curitiba, Daniel Corrêa Freitas jogava no São Bento (SP) quando veio a Curitiba para participar de uma festa de aniversário de Allana Brittes, numa casa noturna de Curitiba em 26 de outubro de 2018. Depois da balada, o jogador e outros amigos de Allana foram para a casa da família Brittes, em São José dos Pinhais, para dar continuidade aos festejos.

Na casa da família, porém, o jogador acabou fazendo fotos e mandou áudios para um grupo de amigos no WhatsApp se exibindo por estar na cama deitado ao lado de Cristiana Brittes, esposa do dono da casa, Edison Brittes. Depois disso, o marido acabou descobrindo as mensagens enviadas pelo atleta e teve início uma sessão de espancamento, com outros convidados da festa ajudando o pai de Allana.

Após as agressões, Daniel foi colocado dentro do porta-malas de um carro e levado até uma plantação de pinus na Colônia Mergulhão, na zona rural de São José dos Pinhais, onde o corpo foi encontrado na manhã seguinte ao crime por um morador da região. Além de ter sido espancado, Daniel foi parcialmente decapitado e teve o pênis decepado.