Quando chegou ao fim a primeira semana de trabalho da nova gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) de Araucária, haviam 477 mulheres atendidas pela rede pública de saúde que estavam na fila para agendamento de ultrassonografia obstétrica em Araucária. Era um desafio.

Diante desse cenário, a SMSA, por meio da Central de Regulação Ambulatorial (CRA), mobilizou uma força-tarefa junto aos prestadores desse serviço para atender todas as gestantes. Foi a primeira ação do recém-criado Programa Tempo de Cuidar Araucária, uma das novidades implantadas na pasta pela secretária da Saúde, Renata Botogoski.

O resultado desse esforço foi alcançado no último dia 23, duas semanas depois do diagnóstico, quando a fila de espera para esse exame essencial foi zerada. De acordo com a CRA, algumas gestantes já receberam a data do exame e outras serão notificadas nos próximos dias, mas todas que estavam na fila já têm o exame marcado.

“Sabemos que a fila de espera é renovada diariamente, mas é essencial celebrar cada conquista. Essa vitória reforça o nosso compromisso com a saúde e o bem-estar das mulheres gestantes do nosso município. Seguiremos trabalhando para garantir um SUS mais eficiente e acolhedor para todos”, comemora a coordenadora da Central de Regulação Ambulatorial, Simone Maria Machado dos Santos.

Absenteísmo

No entanto, para que o programa tenha o resultado esperado, é necessário que as gestantes agendadas compareçam na data e horário marcados para fazer o exame. Na segunda-feira (27), por exemplo, havia 29 agendamentos, mas apenas 12 mães apareceram – o que representa um percentual de 41,37% de absenteísmo. Além da realização do exame no Hospital Municipal de Araucária, clínicas credenciadas da cidade foram acionadas, além do Consórcio Metropolitano de Saúde.

O ultrassom pré-natal é uma ferramenta fundamental para monitorar a saúde da mãe e do bebê durante a gestação. Ele pode identificar diversos problemas que, se tratados de forma precoce, podem melhorar a qualidade de vida tanto da mãe quanto do bebê, reduzindo os índices de mortalidade materna e infantil.

Alguns exemplos de situações que o ultrassom pode identificar são: anomalias no desenvolvimento ou crescimento fetal, placenta em posição anormal, excesso ou falta de líquido amniótico e posição do feto.