Ano novo e aquela vontade de mudar, inovar e criar um ambiente. Na busca por renovar a atmosfera de casa sem esvaziar os bolsos em grandes reformas, muitos se perguntam sobre as estratégias mais eficazes. Conversamos com as arquitetas Alexandra Moreira e Fernanda Hoffmann, especialistas em design de interiores, que compartilharam dicas valiosas para uma transformação acessível e impactante.

Pintura e Iluminação, são dois pilares estratégicos para uma reforma. Segundo Alexandra Moreira, investir na pintura das paredes e na iluminação são estratégias simples, porém poderosas. Cores neutras nas paredes oferecem versatilidade na decoração, enquanto a escolha cuidadosa das lâmpadas pode criar ambientes aconchegantes. Fernanda Hoffmann reforça a importância da luminotécnica, sugerindo a incorporação de luminárias modernas e pontos de iluminação adicionais.

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Alexandra Moreira

Substituindo Elementos-Chave, pode ser outra saída. Para Fernanda, a modificação dos pontos de cor é crucial. Desde pinturas inovadoras até a simples troca de almofadas e tapetes, pequenas mudanças podem fazer grande diferença. Ambas as especialistas concordam que a substituição de tecidos, como roupa de cama e almofadas, e a inclusão de quadros na decoração podem atualizar o visual sem comprometer o orçamento.

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Quadros e Luminárias, Projeto Fernanda Hoffmann.. Crédito: Sidney Doll.

Outra saída, segundo Alexandra, é a tendência do Design Biofílico, que busca trazer elementos da natureza para dentro de casa, promovendo bem-estar. A utilização de tons terrosos e a inserção de plantas são maneiras simples de aderir a essa tendência. Enquanto isso, Fernanda ressalta o minimalismo, sugerindo uma abordagem de “menos é mais” para uma decoração atemporal.

Outro ponto forte e necessário para qualquer reforma é a harmonia e funcionalidade, aspectos práticos e essenciais em qualquer projeto. Ambas as arquitetas enfatizam a importância de considerar a funcionalidade e o estilo desejado ao repensar a decoração. Para Alexandra, é essencial criar uma pasta de referências visuais e manter as medidas de circulação. Fernanda destaca a importância de visualizar os produtos pessoalmente para evitar surpresas desagradáveis.

Em suma, transformar o ambiente de casa sem gastar muito é uma questão de criatividade, planejamento e atenção aos detalhes.

Paisagismo: aposta das grandes construtoras

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Empreendimento Zen, da Bidese Construtora

No Brasil, mais de 90% das plantas usadas em projetos de paisagismo não são nativas, segundo estudos do Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CNCFlora/JBRJ). Isso significa que, mesmo com a maior biodiversidade do mundo, no Brasil, a larga maioria das plantas utilizadas vem de fora – as chamadas exóticas – e isso prejudica o bioma local. Segundo a ONU, a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo é o uso de espécies exóticas: isso porque muitas vezes elas se reproduzem sem controle, destruindo aquelas que já estavam ali. E é justamente esta a maior importância em disseminar o significado e as técnicas do paisagismo regenerativo, que consiste na utilização exclusiva de plantas nativas, com foco nas endêmicas e em risco de extinção. 

A Bidese Construtora, empresa curitibana reconhecida pelos seus projetos de alto padrão, aposta nesses conceitos em suas mais recentes obras, os empreendimentos Zen e Lemme, localizados na capital paranaense. “Nós não pensamos apenas na valorização do imóvel, aqui vamos além, a vegetação proporciona ganhos importantes em conforto térmico, redução de ruídos, melhora a paisagem da cidade e num âmbito ainda maior, contribuímos com a manutenção do meio ambiente”, comenta Thiago Bidese, CEO da construtora. 

Para Silvia Soares, diretora de Incorporação da Construtora e Incorporadora Piemonte, nas obras desenvolvidas pela empresa, tem-se o cuidado de trabalhar com espécies locais, que se ambientem com o clima da região. “Avaliamos a  época que ela vai ser plantada, de acordo com o período de finalização de obra da região do condomínio”, explica.  

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Empreendimento Lion, da Piemonte

Exemplo disso é o mais novo empreendimento lançado pela Piemonte, o Lior, localizado no Bairro do Ahú em Curitiba. O empreendimento foi acomodado em um terreno que possui uma área verde com araucárias. O projeto de paisagismo, assinado por Nadia Bentz e Beto Lemos, segue linhas orgânicas com vegetações tropicais, juntamente com os espaços de lazer ao ar livre, transformando a experiência de morar nesse pequeno refúgio urbano, numa verdadeira sincronia com a natureza. “A arquitetura moderna e contemporânea do Lior, ligada à ampla área verde disponível, nos possibilitou integrar espaços para aproveitar a vida ao ar livre que, cercados por uma vegetação exuberante com espécies minuciosamente escolhidas, garantem o bem-estar e a exclusividade que o empreendimento trará aos moradores”, diz Silvia.

Outro exemplo de investimento em paisagismo, é a horta e bosque que fazem parte do projeto Galeria Panaceia e contam com espécies frutíferas, plantas medicinais e diversas árvores nativas da Mara Atlântica.

A Panaceia receberá ambientes projetados por 9 arquitetos e 2 paisagistas. O empreendimento pretende reunir marcas, pessoas e projetos relacionados com sustentabilidade e inovação. Para isso, aposta em diferentes tecnologias, iniciativas e materiais, além de oportunizar um contato próximo com a natureza, que fica por conta de dois espaços: o bosque e a horta. Neles, os futuros visitantes poderão encontrar diversas árvores nativas da região, uma mistura de plantas com diferentes períodos de floração, plantas medicinais e uma série de outras composições.

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Bosque da Galeria Panaceia, espaço que valoriza o paisagismo no bairro do Ahú (Crédito: Equipe Panaceia).

No projeto do bosque assinado pela paisagista Rosângela Sabbag, será feita uma reestruturação com plantas de épocas de floração e frutificação diferentes,  com linhas finas e orgânicas para que as vegetações possam ser vistas de todos os ângulos.

Rosângela optou por plantas que podem ser facilmente cultivadas em casa, em ambientes externos. Um exemplo é a Manacá-da-Serra, também conhecida como flor-de-maio, uma árvore pioneira da Mata Atlântica brasileira, muito característica da encosta úmida da Serra do Mar. Quem passeia pelos bairros de Curitiba com certeza já se deparou com essas árvores floridas durante a primavera e o verão.

Cobertura metálica: confira 4 vantagens deste sistema que virou tendência

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Cobertura metálica é, basicamente, um tipo de estrutura desenvolvida em metal e utilizada para se tornar uma extensão de residências, variando entre sacadas, varandas, gazebos, jardins, áreas de lazer, bandeiras de metal, entre outros. Por ser um material relativamente mais leve que outros disponíveis no mercado, facilita o transporte, o manejo e consecutivamente torna a obra mais eficiente se comparada a outros sistemas.

Segundo o empresário, arquiteto e urbanista Rodrigo Belarmino, Da Solid Systems, empresa referência no assunto, as vantagens de se escolher uma cobertura metálica são inúmeras, e vão desde o acabamento da superfície à custo-benefício. “ O material possui grande resistência à corrosão e grande durabilidade, sendo uma ótima opção para consumidores que buscam soluções rápidas, mas que garantam resultados a longo prazo”, explica Rodrigo.

Por ser extremamente flexível, a cobertura metálica permite a alteração de layout ou pequenas reformas sem dores de cabeça, pois a instalação e operação desses materiais são muito práticos. “É importante ressaltar que, apesar do sistema possibilitar essas alterações, como em qualquer tipo de obra, um responsável técnico deve ser chamado para uma avaliação, evitando riscos de acidentes leves ou até mesmo mais grave”, pontua.

O custo – benefício é outra grande vantagem da cobertura metálica. ”Por serem desenvolvidas a partir de projetos personalizados, reduzem significativamente as chances de desperdício”, salienta Rodrigo

Outra preocupação em qualquer obra é a sustentabilidade. E nesse quesito, o uso das coberturas metálicas já tem ganhado cada vez mais espaço quando o assunto é construção. “Por utilizar-se de materiais recicláveis e que utilizam técnicas e processos práticos, podemos dizer que a cobertura metálica é mais uma aliada na luta pela preservação do meio ambiente”, finaliza.

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