A instalação “Pra que” (2007-2009), da artista curitibana Eliane Prolik, pode ser vista a partir do dia 4 de março, sábado, na Pinacoteca de São Paulo.  A obra possui 45 placas de veículo em alumínio e pintura eletroestática que ficam suspensas na parede e possuem palavras em relevo branco sobre branco. “Essa obra explora o potencial de confronto entre a palavra e a imagem. Será a oportunidade apresentá-la pela primeira vez na Pinacoteca e no Estado e de propor um diálogo com as demais obras expostas na Pinacoteca neste período”, explica a curadora Valeria Piccoli.

 

 

Sua obra traz o rumor incessante encontrado em nossa experiência urbana, efetiva a transposição de materiais e coisas cotidianas para a arte. Foto Eliane Prolik

A obra possui 45 placas de veículo em alumínio e pintura eletroestática que ficam suspensas na parede e possuem palavras em relevo branco sobre branco. Foto Eliane Prolik

 

Para a artista, “Pra que” trata da experiência urbana, dos fluxos do trânsito e do pensamento e formulação de linguagem. Além de questionar o sentido das coisas. “A apreensão da obra se dá para quem se situa diante dela, na possibilidade de formar conjuntos diversos, maiores ou menores de leituras. Cada placa é um objeto em si, porém aberto a conexões e associações com as demais. Onde estamos e como operamos essas escolhas é relevante para o processo de significação”, explica Prolik.

Desde 1986, a artista dedica-se à produção tridimensional, trata com precisão e leveza as qualidades da matéria, da forma e do espaço utilizando-se de operações conceituais e procedimentos de apropriação de elementos do nosso cotidiano, o que envolve a experiência corporal e perceptiva do público.

 

“A apreensão da obra se dá para quem se situa diante dela, na possibilidade de formar conjuntos diversos, maiores ou menores de leituras

“A apreensão da obra se dá para quem se situa diante dela, na possibilidade de formar conjuntos diversos, maiores ou menores de leituras”, analisa a artista. Foto Kraw Penas/SEEC

 

Sua obra traz o rumor incessante encontrado em nossa experiência urbana, efetiva a transposição de materiais e coisas cotidianas para a arte. Lida com o paradoxo de um silêncio ruidoso, da leveza e equilíbrio instáveis e tensos, do movimento em trânsito frente à fixidez.

A artista transpõe por meio de sua obra reverberações do mundo, seja por meio da espacialidade, da cor, da palavra, do jogo ou de outras relações questionadoras e inventivas na construção do seu trabalho. Suas apropriações criam uma inversão e um contraponto para uma visão acostumada com cada coisa em seu lugar.

 

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“Cada placa é um objeto em si, porém aberto a conexões e associações com as demais. Onde estamos e como operamos essas escolhas é relevante para o processo de significação”, explica a artista. Foto Eliane Prolik

 

A instalação de Eliane Prolik já foi exposta em Londrina e Curitiba e faz parte da coleção da instituição desde 2012, quando foi adquirida pelos integrantes do Programa Patronos da Arte Contemporânea, projeto pioneiro fundado pela Pinacoteca neste mesmo ano.

 

A obra possui 45 placas de veículo em alumínio e pintura eletroestática que ficam suspensas na parede e possuem palavras em relevo branco sobre branco. Foto Eliane Prolik

A obra explora o potencial de confronto entre a palavra e a imagem, de acordo com a curadora Valeria Piccoli . Foto Eliane Prolik

 

A instalação permanece em cartaz até 22 de maio de 2017, no segundo andar da Pinacoteca – Praça da Luz, 2. A visitação é aberta de quarta a segunda-feira, das 10h às 17h30 – com permanência até as 18h – e o ingresso custa R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Crianças com menos de 10 e adultos com mais de 60 anos não pagam. Aos sábados a entrada é gratuita para todos os visitantes.

Mais informações:  pinacoteca.org.br – (11) 3324-1000.

 

Foto Eliane Prolik

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Foto Eliane Prolik

Foto Eliane Prolik