Como na vida
A queda para a segunda divisão foi só um aviso. Gerenciar um clube, por incrível que pareça, tem que ser um ato de amor pelo time, não pelo seu próprio bolso. As atitudes inaceitáveis de alguns dirigentes na condução administrativa fizeram com que o Paraná tivesse o resultado que obteve. Entendo que em alguns casos o futebol imita a vida, e esse foi um deles. Na vida, quem faz a coisa errada cai em tentação pelo dinheiro e pagará pelos seus erros na cadeia. Infelizmente, o Paraná terá de pagar uma conta muito grande — e não na cadeia, e sim no inferno da Série B. O pior é que a torcida, inocente por natureza, será penalizada pelos desmandos da administração que podia sair como um marco e sai como estorvo.

Na espera
A parte de ruim de uma conquista é o preço, o titulo custa muito caro. O Coritiba conseguiu voltar para a elite do nosso futebol, essa é a parte boa da história. O lado ruim, os torcedores não sabem como será o futuro e temem por isso. O novo presidente  não é conhecido, o time não tem técnico, nem a lista de jogadores que ficarão está pronta. O tempo passa rápido, esse é um mês de festas, e o Campeonato Paranaense começa no dia 9 de janeiro. A torcida que lotou o Couto Pereira na Série B quer uma equipe competitiva no Paranaense, na Copa do Brasil e principalmente no Brasileirão. Seria muito triste ser campeão em um ano, achar que está tudo lindo e lutar para não cair no ano seguinte.

Menos mal
Eliminado no campeonato caseiro, um péssimo desempenho na Copa do Brasil, um início de Brasileirão com desempenho abaixo da crítica, assim foi o Atlético nesse ano. O que sobrou foi uma vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem. Ainda bem que houve avanços: com diminuição dos preços dos ingressos ficou provada a importância da torcida na Baixada. Assim, com o pensamento de valorizar o Paranaense para preparação da equipe, a entrada na Copa do Brasil para ser campeão, o Brasileirão será disputado com mais equilíbrio desde o inicio e uma briga lá na ponta não pode ser descartada. Vale lembrar que, para isso, o time precisa de reforços, principalmente nas laterais.

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Fim de feira
Mais um campeonato brasileiro chega ao final, com o choro dos rebaixados e a alegria daqueles que conseguiram vaga para a Libertadores e a Sul-Americana. Depois da vitória contra os “bambis”, a vaga para o torneio internacional foi para a torcida, que realmente foi o 12º jogador. Tanto que, se a CBF tinha uma torcida para homenagear, essa seria a torcida atleticana. A partir do momento em que baixaram os ingressos, a festa feito por ela foi inesquecível.
Referente ao plantel, ficou provado neste último jogo que são poucos os jogadores a permanecerem. Antonio Carlos e Rodolfo na zaga, Valência e Ferreira no meio de campo, esses são jogadores que ficariam para fazer a espinha dorsal do time. Fica evidente que precisamos de contratações, mas tem que chegar ao clube para ser titular, porque para o banco já tem.
Então a responsabilidade que o “dono” tem é fazer um time que volte a nos dar alegria. Nos dois anos em que o time do banana de pijama ficou na segunda divisão, não se preocuparam em montar um time, mas sim um amontoado de jogadores, experiências malsucedidas e erros grotescos. Só não esqueçam que, se não existe oposição na eleição do clube, na arquibancada estaremos de olhos bem abertos.

Homenagem
Há um vereador em Curitiba que pretende homenagear um clube do Rio. Se a câmara de vereadores aprovar essa palhaçada, não teremos mais por que acreditar nesses senhores. O time do puxadinho caiu, e será difícil voltar. Mais uma fusão é a solução!
Um Ultra abraço!

Gabriel Barbosa
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Dificuldades
Em 2008, o primeiro jogo do ano para o Coritiba será no dia 9, contra o Iraty, no Couto Pereira, pelo Paranaense. Em fevereiro, é a vez da estréia na Copa do Brasil. Para montar um elenco competitivo — e não cair no já conhecido erro de montar o time para o segundo semestre, no segundo semestre —, o Verdão precisa correr atrás do tempo perdido.
Se perder Henrique — que, dos pratas da casa, é quem tem a maior possibilidade de deixar o Alto da Glória —, Jeci e Édson Bastos, o Cori perde a espinha dorsal do setor que teve o melhor rendimento neste temporada, a defesa.
Na dependência da definição política do Clube, a formação de um elenco precisa levar em conta não só a contratação de um treinador, mas também de um coordenador de futebol e de um supervisor. Outra dúvida será a permanência ou não dos auxiliares diretos da comissão técnica de René Simões, que costuma manter sua equipe e agora está indo para a Jamaica.
As dificuldades serão imensas. E o Coxa precisa se organizar para montar um time capaz de vencer a Copa do Brasil, título que garante ao campeão a Libertadores de 2009 — justamente o ano do Centenário do Coritiba.
Coxa eu te amo!

Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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Nem sorte nem juízo
Desde o ano passado venho criticando a administração paranista. No ano passado, cheguei a ser até insultado por não acreditarem como eu poderia condenar a administração de Miranda e o comando de Caio Júnior, dizendo sempre que a classificação ocorrera com “mais sorte do que juízo”; bom, ao final de 2007, o primeiro foi defenestrado e o segundo sequer foi à Libertadores com todo o aparato e condições que o Palmeiras ofereceu.
Neste ano, após o Paraná desmontar dois times em quatro meses, o Tricolor foi da Libertadores à série B. E o que mudou além disso? Nada, nem as “moscas”. Os atuais dirigentes são mais empresários do que gestores — ruins, diga-se de passagem. O Paraná tinha tudo para fazer de 2007 seu ano definitivo, e o que ocorreu? Saiu de cena a camisa tricolor para entrar a de um grupo de empresários sem o qual, segundo o presidente, o Paraná nada seria. Pergunto: o GI vale mais que o Paraná Clube? Onde posso então, hoje, comprar a camisa do meu “novo time”, afinal, se o Paraná sem o GI nada é, passo a torcer pelo GI.
O Paraná Clube atinge a maioridade sem a “costumeira” sorte — aliás, com o azar de estar em mãos de empresários, o que demonstra a total falta de juízo. Estou com pesar pelo ocorrido, mas a maior tristeza é a certeza de que, do jeito que está, pouco mudará. E, se essa gestão retornar à primeira, não será nada mais do que mera obrigação.
Força tricolor!

David Formiga
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