A grande mudança tecnológica que o mundo vem experimentando em um ritmo alucinado nos últimos anos tem trazido profundas mudanças no comportamento das pessoas. As relações, tanto pessoais quanto de trabalho, estão ficando cada vez mais informais e, ao mesmo tempo, mais distantes e virtuais – as pessoas desenvolvem amizades, relações de negócios e parcerias mesmo sem ter contato físico umas com as outras.

Todas essas mudanças colocam em cheque as tradicionais boas maneiras – as regras de convivência social que década após década foram transmitidas de pais para filhos (e de mães para as filhas) e repetidas geração após geração. Hoje essas regras são outras. Mas quais são essas novas regras? Como se comportar bem num mundo em que a informalidade impera e as normas de conduta mudam a cada dia?

Vivemos em uma sociedade cada vez mais cheia de regras e, ao mesmo tempo, cada vez mais informal. Nesse cenário, estabelecer qual o perfil profissional desejado a cada indivíduo é tarefa difícil. Para cada atividade, é esperado um comportamento diferente. Certamente o que se espera do comportamento profissional de um personal trainer não é o mesmo que se espera de um advogado, ou o que se imagina como perfil ideal de um médico não é o mesmo que se imagina de um engenheiro.

Costumo dizer que neste mundo novo não existe obrigatório nem proibido. Existem, sim, comportamentos que podem dificultar algum tipo de relacionamento e facilitar outros, algumas atitudes que podem favorecer a ascensão em algum tipo de carreira ou talvez prejudicar em outras, mas, em um mundo tão plural, é impossível ditar regras de comportamento. Assim, o ideal é buscar o bom senso, o discernimento, analisar cada situação e qual a melhor conduta a ser adotada em cada uma delas.

Mas o curioso é que mesmo o bom senso, se pensarmos bem, é algo absolutamente subjetivo. O que é bom senso pra mim pode não ser pra você. O que é bonito para alguns pode ser considerado horrível para outros. Um mundo tão vasto, tão repleto de pessoas diferentes, hábitos tão ímpares, costumes sociais diversos, inúmeras ideologias, incontáveis religiões… como conviver no meio desta mistura tão grande? Só há um caminho: exercitando a compreensão e a tolerância. São justamente as diferenças que fazem com que cada um de nós seja único. O bom mesmo é conhecer, respeitar e conviver em harmonia.